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Na primeira entrevista coletiva realizada após tomar posse, o ministro da Educação, Renato Janine, negou qualquer mal-estar com a presidenta e disse que não poderia recusar o convite para comandar a pasta
Por Maíra Streit, de Brasília
Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (6), após cerimônias de posse e transmissão de cargo, o ministro da Educação, Renato Janine, afirmou que a presidenta Dilma Rousseff deu um “sinal de grandeza” ao convidá-lo para a função. Essa foi a primeira vez que ele conversou com jornalistas desde que assumiu a pasta.
Questionado sobre as críticas que fez em recente reportagem da revista Brasileiros - quando disse que o governo tinha uma postura “autoritária” que dava pouca autonomia aos ministros - ele contou que foi convidado pela presidenta a colaborar e que não houve qualquer cerceamento em relação às suas declarações.
“Quando a presidente me convidou, a primeira coisa que ela me disse foi: ‘Professor, nós sabemos tudo sobre o senhor, o senhor não precisa dizer nada'. Eu entendi justamente que a presidente estava me dispensando de qualquer explicação até porque foi ela que me convidou", explicou. "Considerei isso da parte dela um sinal de grandeza, uma pessoa que aceita críticas e se dispõe a trabalhar com ela em um momento essencial”, disse em seguida.
"Se você faz críticas e é convidado a tentar resolver problemas que criticou, que direito tem de recusar?", afirmou Janine, que destacou ainda que, a partir de agora, o foco será fazer jus ao lema adotado no segundo mandato de Dilma Rousseff: “Brasil, Pátria Educadora”. Na ocasião, ele falou também sobre os ajustes fiscais feitos pelo governo e garantiu que a medida não irá afetar projetos estruturantes do MEC.
Sobre a relação entre a pasta e o Legislativo, após as discussões que culminaram na saída do ex-ministro Cid Gomes, Janine minimizou os atritos e explicou que, apesar das divergências, espera que as pautas da Educação avancem bem no Congresso.
Foto de capa: Valter Campanato/ABr