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Depois de meses de rumores, a senadora decidiu, finalmente, oficializar sua saída do partido em que milita há 33 anos. A sigla já afirmou que não pretende reivindicar seu mandato; Marta, por sua vez, não tem destino certo, mas flerta com o PSB, braço direito dos tucanos em São Paulo
Por Ivan Longo
A assessoria de imprensa da senadora Marta Suplicy confirmou que ela deve entregar sua carta de desfiliação ao PT ainda nesta terça-feira (28). A oficialização de sua saída acontece após meses de rumores e de críticas ao partido e ao governo federal.
Militante do PT há 33 anos, Marta ainda não definiu a sua nova legenda, mas vem flertando com o PSB, braço direito do governo tucano em São Paulo. Em conversa com a Fórum no início do ano, a assessoria de imprensa de Márcio França (PSB), vice-governador do estado, disse que Marta vinha dialogando com o partido e que França adoraria tê-la como colega de sigla.
Além disso, Márcio Toledo, companheiro da senadora, é filiado ao PSB e foi ele quem repassou a informação de sua futura filiação ao partido ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que apoia a decisão.
Ex-deputada federal, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra nos governos Lula e Dilma, a relação de Marta com o Partido dos Trabalhadores e com o governo começou a ficar conturbada no ano passado, quando a senadora tentou, sem sucesso, articular a candidatura do ex-presidente Lula, em vez de Dilma. Pouco tempo depois, ela saiu do Ministério da Cultura e Dilma anunciou em seu lugar Juca Ferreira - com quem Marta já trocou diversas farpas.
No início do mês, o PT já havia afirmado que, caso a saída de Marta se confirme, não pretende reivindicar seu mandato de senadora.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil