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Diferentemente do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que restringiu o acesso de dirigente sindicais à Casa, Ricardo Lewandowski recebeu lideranças que lutam contra a aprovação do PL da terceirização
Por Redação
Depois de não só serem impedidos de entrar na Câmara dos Deputados como também terem sido reprimidos pela polícia legislativa na parte de fora da Casa, sindicalistas que lutam contra a aprovação do Projeto de Lei 4330 (PL da terceirização) foram recebidos, na tarde desta quinta-feira (9), pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
“Aqui vocês são bem-vindos. Vamos sempre garantir a presença de vocês em nosso plenário”, afirmou, em reunião com os presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central.
Os sindicalistas estão preocupados pois foi aprovado esta semana o texto base do PL da terceirização e, caso aprovado na íntegra, dirigentes já cogitam entrar com recurso no STF. Lewandowski, na reunião, procurou acalmar os ânimos e sugeriu que os dirigentes sindicais aguardem a completa tramitação do PL no Legislativo e no Executivo antes de entrarem com qualquer ação no Supremo. “Estamos empenhados em fazer justiça e em manter a paz social e a independência entre os poderes da República. Nós vamos fazer justiça”, garantiu.
O ministro não emitiu nenhuma opinião pessoal em relação ao PL. Em outras ocasiões, no entanto, já se mostrou ser contra a ideia da terceirização. Em maio do ano passado, por exemplo, Lewandowski votou contra a terceirização em atividade-fim em julgamento de recurso impetrado pela empresa Celulose Nipo Brasileira, que havia sido condenada pela Justiça do Trabalho.
Os pontos polêmicos do PL da terceirização deverão ser votados na próxima semana na Câmara dos Deputados, em sessões separadas.
Foto: Nelson Jr./ SCO/STF