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Comissão da Câmara aprova requerimentos do deputado Ezequiel Teixeira (Solidariedade-RJ); parlamentar quer que Lula e Stédile "prestem esclarecimentos sobre o exército do movimento"
Por Guilherme Franco
A metáfora utilizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma manifestação pró-Petrobras, em fevereiro, continua repercutindo na Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira (18), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados aprovou dois requerimentos para convidar Lula e o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile para explicar a fala do ex-presidente.
Na ocasião, Lula disse que queria “paz e democracia”, mas que também “sabia brigar”, sobretudo quando o Stédile colocasse “o exército dele” nas ruas. O responsável em apresentar os requerimentos foi pastor e deputado Ezequiel Teixeira (Solidariedade-RJ), que considera a declaração uma incitação à guerra civil. “Queremos esclarecer esse suposto exército que estaria à disposição do PT. Qualquer exército paralelo é uma ameaça à segurança nacional”, disse.
O parlamentar rechaçou uma suposta "hipervalorização" da declaração do ex-presidente e revelou que o contexto é similar à prática de guerrilheiros na América do Sul e Central. “Isso está parecendo uma guerrilha terrorista. Convidamos o Stédile para explicar se ele é o líder desse exército e se vai haver algum suposto enfrentamento”, concluiu.
Apesar de os requerimentos terem sido aprovados, Lula e Stédile não são obrigados a comparecer à comissão, já que se trata apenas de um convite.
Foto: Mídia Ninja