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O documento, a ser enviado ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados na próxima terça-feira (13), é o primeiro movimento formal de parlamentares para derrubar o presidente da Casa desde que vieram à tona informações sobre suas contas secretas na Suíça, utilizadas para receber dinheiro de forma ilegal
Por Redação
Desde a semana passada, quando a Suíça enviou ao Brasil informações sobre contas secretas que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mantinha no país para receber dinheiro de forma ilegal, o cerco vem se fechando cada vez mais contra o presidente da Câmara. Nesta quinta-feira (8), parlamentares do PSOL informaram que apresentarão, na próxima terça (13), um pedido de cassação do mandato de Cunha ao Conselho de Ética da Casa, configurando o primeiro movimento formal e relativamente efetivo para tirá-lo do cargo.
Ontem (7), trinta deputados federais de diferentes partidos já haviam protocolado na Corregedoria da Câmara uma representação pedindo a cassação do mandato do peemedebista. O documento, no entanto, tinha apenas valor simbólico, já que a Corregedoria só encaminha a representação à Mesa da Casa, presidida pelo próprio Cunha, e é ele quem decide se dá prosseguimento ou não.
"A diferença desta representação para outros processos já realizados é que, no Conselho de Ética, todos os partidos, hoje mudos, terão de se manifestar sobre o caso", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL) em nota postada em sua fanpage no Facebook.
A representação, de acordo com os deputados, se dará com base na confirmação feita pela Procuradoria-Geral da República de que Cunha possui contas na Suíça. O PSOL havia pedido e o órgão enviou à bancada do partido informações vindas de autoridades suíças.
No país europeu, Cunha é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro e teve cerca de R$9,3 milhões bloqueados. No Brasil, teve seu nome citado em pelo menos duas delações premiadas da Operação Lava-Jato.
(Foto: Câmara dos Deputados)