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Em entrevista, o deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara que votará o processo pela cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que as denúncias que pesam contra o presidente da Casa são graves e garantiu que investigações serão iniciadas ainda este mês
Por Redação
Caso o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados conclua que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mentiu quando disse na CPI de Petrobras que não possui contas secretas na Suíça, será configurada quebra de decoro parlamentar e o peemedebista deve sofrer uma cassação. Ao menos é o que garantiu o presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), em entrevista ao jornal O Globo nesta quinta-feira (15).
"O Conselho de Ética já apreciou processo de deputados que cometeram esse erro de mentir. Em tese, isso configura quebra", disse, garantindo que a abertura das investigações contra o presidente da Câmara deve acontecer até o próximo dia 27. De acordo com Araújo, as denúncias contra Cunha causam impacto e a situação é "extremamente grave" por se tratar do presidente da Câmara.
"Acho que é uma situação grave, vinda de um presidente da Casa. É uma situação extremamente grave e estou encarando isso com muita seriedade", revelou, minimizando a possibilidade de existir pressão na votação por conta da influência de Cunha. "Eu encaro isso como mais uma tarefa envolvendo mais um deputado. Eu não estou encarando como o presidente da Câmara, estou encarando como o deputado federal Eduardo Cunha, eleito pelo Rio de Janeiro", explicou.
Eduardo Cunha foi denunciado no Conselho de Ética na última terça-feira (13) através de uma peça elaborada pelo PSOL e pela Rede, que foi assinada por mais de 40 parlamentares de diferentes partidos. No documento, feito com base nas informações fornecidas pela Procuradoria-Geral da República vindas das autoridades Suíças, os deputados pedem a cassação de Eduardo Cunha por, supostamente, possuir contas secretas no país europeu em que é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil