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Ex-ministro de Direitos Humanos diz que, ao fazer campanha contra o PT, senadora é transformada em “instrumento da grande mídia”
Por Redação
O ex-ministro de Direitos Humanos e assessor especial do ex-presidente Lula, Paulo Vannuchi, disse, em programa da Rádio Brasil Atual, que as recentes declarações da senadora Marta Suplicy ao jornal O Estado de São Paulo são “sórdidas”.
“Ela não tem o direito de ser condenável, de ser sórdida. Ela foi sórdida de expor Lula publicamente, na versão de expor Lula como se ele fosse o grande adversário de Dilma. Ela usa o termo ‘decepar’, que o Lula decepava a cabeça de Dilma em reuniões com empresários, com lideranças políticas’”, criticou.
Vannuchi também falou sobre a maneira como Marta Suplicy deixou o Ministério da Cultura que, na sua opinião, saiu “chutando a porta do governo”. “Na entrevista ao Estadão, ela mais do que chutou a porta, ela chutou fora toda a bacia do banho da criança com bebê e tudo”, disse o assessor especial de Lula, que também atentou para o fato de que a mídia tradicional se aproveita de líderes que entram em crise com o PT.
“Como relâmpago, a mídia transformou Marta em sua rainha da hora. A Marta que foi tão odiada por essa mesma mídia o tempo todo. Isso é uma regra geral: na hora que um petista de importância decide romper com o partido, ele vai ser transformado durante um bom tempo no herói da mídia, ela é hoje essa heroína”, critica o ex-ministro.
Posteriormente, Paulo Vannuchi comentou sobre o nome de lideranças do PT que são citadas pela senadora. “Na entrevista, os momentos mais fortes são: chamar o Rui Falcão, que foi o seu candidato a vice na eleição em que ela perdeu em São Paulo e foi um dos seus conselheiros políticos mais próximos... Ela abre as baterias contra o Mercadante, inclusive dizendo que ele é inimigo de Lula, o que rigorosamente não é verdade”, criticou.
Por fim, Vannuchi falou sobre os momentos em que Lula é citado por Marta Suplicy e diz que a senadora foi “sórdida”. “Por que é sórdida a manobra de Marta? Ela é sórdida, ela é intolerável porque entra em um território que deixa para Lula duas opções: ou a de ficar quieto - quando ele fica quieto deixa esta mídia alimentar que tudo o que ela [Marta] fala é verdade - ou o Lula se rebaixa rigorosamente e vem a público dizer 'olha, a Marta não me entendeu bem, eu nunca disse isso'. E o Lula não tem que se colocar no mesmo nível de Marta e muito menos nesse momento de atitudes sórdidas como essa", opinou.
Foto: Agência Brasil