Empresas fantasmas pagaram por avião de Eduardo Campos

Três empresas sem capacidade de arcar com os custos de avião foram utilizadas para pagar o jatinho utilizado pela campanha presidencial do PSB.

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Três empresas sem capacidade de arcar com os custos de avião foram utilizadas para pagar o jatinho utilizado pela campanha presidencial do PSB Por Redação De acordo com reportagem veiculada nesta terça-feira (26) no Jornal Nacional, três empresas fantasmas foram utilizadas para bancar o jato em que Eduardo Campos viajava durante a campanha eleitoral, que caiu na cidade de Santos (SP), no último dia 13, e acabou por vitimar Campos. Segundo a matéria, a lista com os depósitos e pagadores foi entregue à Polícia Federal pelos antigos donos do jatinho: Alexandre e Fabrício, da A. F. Andrade, empresa de Ribeirão Preto (SP). À Polícia Federal, eles disseram que o avião foi adquirido por três empresários de Pernambuco: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Filho e Eduardo Ventola. Os pagamentos foram realizados a partir de 16 depósitos bancários em nome de seis empresas ou pessoas distintas, que totalizou em R$ 1,71 milhão. As empresas são: Peixaria Geovane Pescados, RM Construtora - que funciona numa casa em Recife - e pela Câmara & Vasconcelos, que, curiosamente, funciona em uma sala vazia. Os empresários pernambucanos assumiram uma dívida de R$ 16 milhões com a Cessna, fabricante do jatinho. Eles indicaram duas empresas para substituírem o grupo de Ribeirão Preto na negociação com o fabricante. Porém, estas empresas indicadas não foram aprovadas como capacitadas para arcarem com os custos do negócio e hoje a questão se encontra em um imbróglio jurídico. Essas complicações em torno do avião utilizado por Eduardo Campos durante a campanha presidencial vieram à tona depois que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pediu que a Polícia Federal investigasse as motivações da queda do jatinho. A PF trabalha com a tese de que o avião foi comprado com dinheiro de caixa dois da campanha. Ontem à noite, momentos antes de ter início o debate eleitoral com os presidenciáveis, o presidente do PSB, Carlos Amaral, declarou que a reportagem veiculada pelo Jornal Nacional "é mentirosa".