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Carta de renúncia foi entregue pelo filho do mandatário nesta tarde; quem deve assumir é Edmar Moreira, o "deputado do castelo"
Por Redação
[caption id="attachment_42660" align="alignleft" width="360"] Com a renúncia, Azeredo deve evitar julgamento pelo STF (Foto: Blog do PSDB de Minas Gerais)[/caption]
Acusado de comandar o esquema de corrupção apelidado de mensalão tucano, o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) renunciou ao mandato nesta quarta-feira (19). Seu filho, Renato Azeredo, entregou a carta de renúncia ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), no início da tarde.
No último dia 7, a Procuradoria-Geral da República sugeriu a prisão de Azeredo, alegando que ele teria desviado recursos de empresas estatais mineiras para financiar sua reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
A renúncia é vista como estratégica por alguns tucanos, já que o foro privilegiado exclusivo a parlamentares deixaria de existir. Assim, o processo, perto de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderia retornar à primeira instância.
O suplente de Azeredo, Ruy Adriano Borges Muniz (DEM-MG), está a frente da prefeitura de Montes Claros e, por isso, não deve assumir. O segundo suplente é Edmar Moreira (PR-MG), que ganhou fama em 2009 por ser dono de um castelo, avaliado em 40 milhões de reais, no interior de Minas.
Moreira, à época deputado federal, foi denunciado por não ter declarado o imóvel em sua prestação de contas na campanha de 2006. Ele, que precisou se desligar do cargo de corregedor da Câmara, é o nome mais provável para herdar o mandato.