"Fracasso subiu à cabeça", disse Humberto Costa, líder petista no Senado; Rui Falcão, presidente nacional do partido, afirmou que pedirá a abertura de um processo no STF contra o tucano
Por Redação | Foto: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados
As declarações do senador e ex-candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves, em entrevista à GloboNews, no último sábado (29), repercutiram de forma polêmica. Na última segunda-feira (1), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que pedirá esclarecimentos aos parlamentar, além de solicitar a abertura de um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) para julgá-lo.
"Já estamos interpelando o senador mineiro derrotado. Em seguida, processo crime no STF", postou Falcão em seu perfil no Twitter. "O PT não leva recado para casa", completou.
Outro petista também se manifestou sobre o episódio. O líder do partido no Senado, Humberto Costa (CE), disse que o “fracasso subiu à cabeça” de Neves. “É uma infame ópera-bufa, essa que está sendo protagonizada pelo que eu chamo de ‘candidato derrotado em exercício’, em que sobejam atuações de péssimo gosto e para as quais há cada vez menos holofotes”, declarou o senador na tribuna do plenário.
Durante a conversa com jornalista Roberto D'Avila, Aécio Neves disse que não perdeu a eleição para um “partido político”, mas para uma “organização criminosa que se instalou no seio de algumas empresas brasileiras patrocinadas por esse grupo político que aí está”.
Embora tenha ido à público tecer críticas a seus adversários políticos, o tucano não tem sido um parlamentar tão assíduo. Ele, que prometeu, após o segundo turno, fazer "oposição incansável" ao governo de Dilma Rousseff, esteve presente em apenas cinco das onze sessões de votação em plenários realizadas desde o fim das eleições. Procurada, sua assessoria de imprensa rebateu os números: informou que Neves compareceu a sete sessões.