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Em entrevista, presidenta falou sobre o controle da inflação, a operação Lava-Jato, da Petrobras, e a escolha do novo ministro da Fazenda
Por Redação
Em entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (6), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre as perspectivas de atuação do governo na área econômica. Ela afirmou que não pretende mexer na meta de inflação, que é de 4,5% ao ano, e prometeu um corte de gastos, mas com ressalvas. "Minha visão de corte de gastos não é similar àquela maluca de choque de gestão ", destacou. "Vamos fazer o dever de casa, apertar o controle da inflação e teremos limites fiscais. Vamos reduzir os gastos. Vamos olhar todas as contas com lupa e ver o que pode ser reduzido e o que pode ser cortado", explicou na ocasião.
Assim como fez durante toda a campanha, Dilma defendeu a manutenção no número de ministérios e enfatizou ainda que o nome do novo ministro da Fazenda não será anunciado antes da reunião do G-20, que acontecerá nos dias 15 e 16 de novembro, na Austrália. Na entrevista, a presidenta comentou a respeito das investigações do suposto esquema de corrupção na Petrobras. "A operação trouxe o momento para acabar com a impunidade no país. Não vou engavetar nada, não vou pressionar para não investigar, quero todos os responsáveis punidos", ressaltou.
Em seguida, ela reforçou a importância de garantir a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário como uma forma de respeitar a democracia no país. "As instituições estão funcionado e as nossas eleições são produto disso. Nós avançamos muito, somos exemplo de uma grande democracia. O eleitor não é de ninguém, ninguém é dono do eleitor. Se tem um momento que todos somos iguais é na urna. A visão de que o eleitor é meu, é ultrapassada, é patrimonialista", disse, completando que, nas eleições, "é preciso saber ganhar e saber perder".
Foto de capa: Elza Fiúza/ABr