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Ministro-chefe da Advocacia-Geral da União criticou Gilmar Mendes por classificar STF como uma "corte bolivariana"
Por Redação
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, classificou, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, como um "supremo equívoco" a afirmação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, de que o "STF não pode se converter em uma corte bolivariana".
Em outro momento do texto, Adams afirma que comparar o Brasil com a Venezuela não seria correto. "A realidade venezuelana não se compara à do Brasil, sendo que a afirmação do ministro Gilmar Mendes não guarda qualquer proximidade com o efetivo funcionamento das instituições políticas brasileiras, particularmente do Supremo Tribunal Federal", critica.
Para Adams, as gestões de Lula e Dilma Rousseff foram "exemplares no fortalecimento das instituições democráticas". "Apoiaram a aprovação e a implementação do Conselho Nacional de Justiça, por Emenda Constitucional 45, assim como a adoção de diversas leis que aperfeiçoaram o funcionamento do Poder Judiciário, a partir de dois Pactos Republicanos assinados pelos três Poderes da República", ressalta.
Por fim, o ministro-chefe da Advocacia-Geral afirma que Gilmar Mendes faz uma aposta "perigosa". "Essa perigosa aposta política na ingovernabilidade nos aproxima da insensatez e do paroxismo político que não condizem com o Brasil democrático que tanto nos custou construir. É um supremo equívoco", destaca.
Foto de capa: Antônio Cruz/Agência Brasil