Escrito en
POLÍTICA
el
Para deputado petista, processo de Alckmin contra a Siemens é “cortina de fumaça”
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_28803" align="alignleft" width="300"] Para Marcolino, processar a Siemens é "cortina de fumaça" de Alckmin (Foto: Agência Brasil)[/caption]
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu processar a Siemens por formação de cartel. Apesar de representantes dos governos tucanos terem sido citados nas investigações e de investigações do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado terem apontado irregularidades desde 2008, o governador entende que o Estado é vítima no processo.
O deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT) afirmou que a ameaça de Alckmin não passa de “mais uma tentativa de criar uma cortina de fumaça para encobrir as denúncias” de formação de cartel em governos do PSDB.
Marcolino acha “incoerente” o processo, justamente pelo fato de denúncias feitas pela Siemens darem conta da participação de agentes do governo. “Se você pensar que esses contratos firmados têm o acompanhamento direto dos principais executivos do Estado, não tem como falar que a relação é só com a empresa. Portanto, processar só a empresa é inútil.”
CPI e manifestações
"Faltam seis assinaturas para que consigamos dar entrada na CPI. Todos os deputados da oposição assinaram e até agora nenhum da base do governo se rendeu. Talvez com a força da manifestação de quarta (14), consigamos fazer pressão nos parlamentares", acredita Marcolino.
O deputado afirma que acompanhará, "assim como toda a bancada do PT", a manifestação desta quarta-feira, convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) e pelo Sindicato dos Metroviários, às 15h, no Anhangabaú.
Cade
O governo de São Paulo alega ser prejudicado por não ter acesso aos documentos da investigação conduzida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Na última segunda-feira (12), Alckmin anunciou ter ganho na Justiça o direito de ter acesso aos documentos da investigação. “Tivemos a decisão judicial que autoriza São Paulo a ter acesso a todo o processo do Metrô que está no Cade”.
Nesta terça-feira (13), o Conselho desmentiu o governador. “A decisão foi favorável ao Cade e determinou também a publicidade do acordo de leniência e dos documentos que instruíram o pedido de busca e apreensão. No entanto, a sentença manteve confidenciais os documentos obtidos pelo Cade na busca conduzida por esta autarquia em 4 de julho”, informa o órgão, em nota.