Na próxima sexta-feira, 26 de julho, serão iniciados em Paris, capital da França, os Jogos Olímpicos de verão , em sua 33ª edição, da era moderna, desde quando foram retomados em 1896 na Grécia.
Em tese, os Jogos Olímpicos representam o congraçamento e competição saudável entre os povos, mas na terceira vez em que recebe uma edição das Olimpíadas, Paris, considerada a cidade-luz, vai receber delegações de atletas em um mundo conflagrado pelo conflito e genocídio.
Vergonhosamente, o Comitê Olímpico Internacional (COI), organizador do evento permite a participação de um país que representa a bandeira do ódio, desrespeito aos direitos humanos e do genocídio contra um povo. Sim, estamos falando do estado de Israel que há mais de 280 dias já perpetrou mais de 38 mil mortes, assassinando mais de 16 mil crianças, deixando sequelas para a vida toda em 89 mil feridos, pelo fato dessas pessoas defenderem seu país, cultura e sobretudo, seu direitos de viver livremente nos territórios palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Até quando?
É preciso denunciar que entidades máximas do esporte como o Comitê Olímpico Internacional e a FIFA, esta última responsável pelo futebol, fazem vistas grossas para um banimento de Israel em competições internacionais, enquanto durar o regime de apartheid contra o povo palestino.
No passado, o próprio Comitê Olímpico Internacional, em duas edições de Jogos Olímpicos, em 1964 e 1992, excluiu a participação da África do Sul nos respectivos jogos de Tóquio e Barcelona por causa da vigência do regime Apartheid.
Aliás cabe informar que a Federação de Futebol da Bélgica, anunciou na última sexta-feira, 19 de julho, que não vai jogar contra a Seleção de Israel em território belga na abertura do torneio de futebol da Liga das Nações, evento esportivo promovido pela União das Federações Europeias de Futebol, a UEFA. A partida será realizada em outro país, em seis de setembro.
Apesar da medida, isso ainda mostra como as entidades esportivas se eximem de punir um país que não respeita a convivência pacífica entre diferentes povos.
Cinismo
Se não bastasse isso, o presidente francês Emmanuel Macron disse que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, seria bem-vindo ao seu país se fosse às Olimpíadas.
Por fim, o gabinete do presidente de Israel, Isaac Herzog confirmou que o chefe do estado sionista estará presente na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Assim, o COI e a França mostram que chancelam o genocídio do povo palestino, deixando bem clara a sua relação de cumplicidade do Ocidente com o apartheid promovido pelo estado de Israel.
*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Fórum