O dia 3 de junho de 2024 ficará marcado como um episódio sombrio na história da democracia do Paraná. Em uma sessão legislativa virtual, sem a presença do povo, os deputados estaduais aprovaram em primeiro turno, e em regime de urgência, a terceirização de escolas públicas, um projeto que afeta diretamente a vida de milhares de estudantes, professores e funcionários.
A decisão de realizar a votação online não foi motivada por questões sanitárias, como durante a pandemia, mas sim pela manifestação de professores e funcionários que, indignados com a proposta do governador Ratinho Jr., ocuparam as galerias e tribunas da Assembleia Legislativa. A resposta do governo foi calar a voz do povo, trancando-se em gabinetes e decidindo o futuro da educação paranaense sem ouvir o clamor das ruas.
Essa atitude é um ataque direto à democracia, um sistema que se baseia na participação popular e no debate de ideias. Quando o governo ignora as vozes contrárias e se recusa a dialogar, ele se distancia do povo e abre espaço para o autoritarismo. A aprovação em regime de urgência, sem o devido tempo para discussão e análise, agrava ainda mais a situação, demonstrando o desrespeito do governo para com a opinião pública e o processo democrático.
A terceirização das escolas é um tema que gera grande polêmica e divide opiniões. Independente de qual seja a sua posição, é fundamental que o debate seja feito de forma transparente e democrática, com a participação de todos os interessados. A decisão de aprovar o projeto sem ouvir a população e em regime de urgência é um desrespeito aos cidadãos e uma afronta aos princípios democráticos.
A atitude do governo paranaense é um alerta para todos nós. Se hoje eles ignoram a voz dos professores e funcionários, amanhã podem ignorar a sua voz também. É preciso estar atento e lutar pela democracia, um bem precioso que não pode ser colocado em risco por interesses políticos.
A democracia é um sistema que se constrói com a participação de todos. Quando o governo se fecha em gabinetes e toma decisões sem ouvir o povo, ele enfraquece a democracia e abre espaço para o autoritarismo. É preciso que a sociedade se mobilize e exija que seus representantes ouçam suas vozes e respeitem seus direitos.
A educação é um direito fundamental de todos e não pode ser tratada como mercadoria. A terceirização das escolas é um retrocesso que coloca em risco a qualidade do ensino e aprofunda as desigualdades sociais. É preciso lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos.