Assim que foi consumada a vitória de Lula o país chorou, cantou, gritou e…orou. Sim, a reza existiu, mas não aquela que se faz em templos, mas orações internalizadas misturadas ao choro e o alívio.
O dia todo da eleição presidencial foi de angústia, ainda mais quando ônibus foram parados nas estradas para não chegarem a suas zonas eleitorais. Mas a força de mais de 60,3 milhões de votos mostrou que o Brasil escolheria um projeto de país que repousasse na paz, no social e numa frente ampla contra a barbárie.
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Após a posse em primeiro de janeiro, o Brasil respirava aliviado. Porém após sete dias de paz o país foi arrebatado por um cenário de horror e destruição. É como se todo o esforço para volta de um Brasil da esperança estivesse escoando pelas nossas mãos.
O dia 8 de janeiro de 2023 foi marcado pela tentativa de golpe contra o Estado Democrático de Direito. Agora se espera que sejam punidos aqueles que financiaram e arquitetaram um golpe sujo e burlesco que culminou na invasão e destruição criminosa das sedes dos Três Poderes (Planalto, STF e Congresso). O que se sucedeu foi um teatro de horrores.
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Mas e o povo? Ah, esse se levantou em uníssono contra a ideia que a bandeira nacional e o hino eram de “meia dúzia” que fizeram arminha. O que se assistiu depois foi a concretização da ideia de que a DEMOCRACIA não é um bem de troca. Não se negociam valores humanitários.
Passado um ano daquela barbárie, em Brasília, qual o maior desafio? É levar essa tal democracia para favelas, quilombos, aldeias e aos grupos invisibilizados.
Uma obra que ajudou a entender a importância de unir diversas vozes em prol de um Brasil civilizado foi o “100 Vozes Pela Democracia”, de Fernando Guimarães, coordenador-geral do “Direitos Já”. Falamos com o autor dessa importante obra sobre o dia de hoje.
“É o dia que não será esquecido, como triste retrato da doença social bolsonarista. E ao mesmo tempo será lembrado pela reação uníssona das instituições em defesa da democracia”, declarou.
E, por fim, não esqueçamos de quem luta diariamente por nós, nossa querida DEMOCRACIA: Jornalismo alternativo, preto e progressista como Jornal Empoderado, Alma Preta, MNU – Movimento Negro Unificado, UNEGRO, Barão de Itararé, Revista Fórum, Énois, TVT, Carta Capital, 247, DCM, Prerrogativas, Educafro, CUFA, Coalização Negra por Diretos, Frente Nacional Antirracista, Geledés, Marcha das Mulheres Negras de SP, APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Aliança Nacional LGBTQI+, Antra, UNE, UJS, MST, MTST, PT, PCdoB, PSOL, PSB… até aquele solitário ativista que da de comer a quem mais precisa sem pestanejar.