Ao autorizar o início do desfile cívico-militar na manhã desta quinta-feira, 7 de setembro, o presidente Lula devolveu a independência, a soberania e a liberdade que foram sequestradas nos quatro anos em que Jair Bolsonaro (PL) transformou o evento em atos de terror e achaques a instituições e autoridades, buscando agregar força militar e popular para um golpe contra a democracia.
Lula prega união no 7 de setembro e conclama: "Dia de lembrar que sonhamos os mesmos sonhos"
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Ao lado de Janja, toda vestida de vermelho, Lula desfilou no mesmo Rolls-Royce que o levou por três vezes para tomar posse na Presidência no evento que teve como tema "democracia, soberania e união".
O ato ocorre nove meses depois da conspiração golpista de apoiadores radicais de Bolsonaro que depredou as sedes dos Três Poderes da República e que, por pouco, não impôs uma nova derrocada à democracia no país, após provocar a morte de mais de 700 mil brasileiros em meio à pandemia de covid.
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Neste período em que esteve novamente à frente da Presidência, Lula precisou reconstruir não apenas os edifícios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), mas também tudo o que foi destruído desde o golpe contra Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Em esforço internacional – que segue, logo após o desfile, com o presidente embarcando para a reunião do G20 na Índia –, Lula busca restaurar a diplomacia soberana do Brasil, colocando como principal desafio ao mundo civilizado o combate à fome e à desigualdade social.
Para isso, tirou o Brasil da situação de pária internacional, subordinado aos interesses dos Estados Unidos, para reativar o protagonismo no multilateralismo, com o fortalecimento dos Brics, a liderança frente aos países latino-americanos diante da União Europeia e a posição altiva diante dos EUA e China.
Esse protagonismo fez com que o país voltasse a caminhar nas trilhas da independência econômica – subjugada aos interesses de Donal Trump na gestão Bolsonaro –, juntamente com a retomada dos investimentos da Petrobras e na indústria de energia.
Dentro da normalidade democrática, o povo começa a se libertar dos achaques constantes de pequenos grupos de ódio conduzidos pelo "flautista de Hamelin" – como Bolsonaro foi definido pelo psiquiatra Táki Cordás em entrevista ao Fórum Café.
A liberdade ainda abrange a questão econômica, com a retomada do crescimento e a possibilidade de famílias de deixarem tanto a linha da pobreza quanto a do endividamento.
Ainda há muito a ser feito e os desafios são imensos diante de um país e um povo que ainda não se viram livres do fascismo bolsonarista.
Mas, ao conduzir o desfile na Esplanada dos Ministérios neste 7 de Setembro – com direito a Zé Gotinha como um dos destaques –, Lula dá nova leitura à frase atribuída a Dom Pedro I há 201 anos: independência e vida!