Tenente-coronel, capitão ex-presidente, generais da reserva, brigadeiro, generais na ativa? Quem vai arrastar a correnteza da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid?
Como a cúpula do Exército aprovou a decisão de Mauro Cid pela delação premiada, deve-se supor que fizeram um acordo por cima, deixando a correnteza levar os da reserva (Heleno, por exemplo), mas livrando os generais ainda na ativa, como o antigo comandante Paulo Sergio, que trabalhou o quanto pôde para colocar em dúvida a inviolabilidade das urnas eletrônicas, logo, a lisura das eleições.
Mas generais começam a prestar contas. O primeiro é Braga Netto, não ainda por seus atos no governo anterior, mas por investigações de mal feitos quando foi comandante da intervenção no Rio de Janeiro, durante a presidência do golpista Temer.
A PF ainda não bateu à porta do general, mas ele teve o sigilo telefônico quebrado pela Justiça, a partir de investigações de corrupção milionária (em dólares) vindas do FBI.
Na delação de Cid devem vir na rede os generais do Gabinete de Ódio e o próprio Braga Netto. Mas não os da ativa, segundo a jornalista Helena Chagas, ex-Secom de Dilma, em seu perfil no ex-Twitter.
Por que a cúpula das FFAA está achando boa a delação de Cid? Já teria recebido sinalização de q ele vai entregar, na investigação da trama golpista, generais palacianos de Bolsonaro como Heleno, Ramos, talvez Braga Netto - todos na reserva. Mas não deve entregar ex-comandantes… pic.twitter.com/ElaSL3yKa1
— Helena Chagas (@helenachagas) September 12, 2023