A família Bolsonaro insiste em não sair das páginas dos jornais. Só que, ultimamente, ela tem frequentado mais as páginas policiais, por causa das falcatruas armadas quando o patriarca da família exercia (mal) o cargo de presidente.
Até o programa “Fantástico” da TV Globo mostrou: só aquele colar presenteado à ex- primeira-dama tinha 3.161 diamantes! Perícia da PF confirmou também o recebimento de relógios avaliados entre R$ 650 mil e R$ 1 milhão.
Na mesma reportagem, o advogado de Mauro Cid, o ex-faz tudo do ex, em sua última declaração pública, garantiu à repórter Sonia Bridi que a grana da negociata "foi para o presidente ou para a esposa". E que seu cliente falará quando ele, Cezar Bitencourt, agendar. Acrescentou que a situação é perigosa, que seu cliente corre riscos, que existe muito fanatismo em torno do ex-presidente. Vale lembrar que Mauro Cid está preso.
O “Inelegível”, flagrado com a mão na cumbuca, disse ao programa (com a boca cheia de pão e café com leite, para aparentar simplicidade e despreocupação) que as joias "podiam ser" dele, que a situação delas ainda "está no ar".
Afirmação típica de quem desconfia de que as apurações vão concluir que ele, quando se sentou na cadeira da presidência da República, tinha conhecimento da "muamba", possivelmente a estimulava, e ganhava com isso. A PF tem gravações de conversas entre ele e Cid tratando da mutreta. É corrupção que se chama, né?
Esses bens luxuosos e raros são do patrimônio da União, mas o governo Bolsonaro negociou vários deles nos EUA. As ricas caixas foram levadas para o exterior no avião presidencial em 30 de dezembro de 2022.
Quem não tem espírito público rigoroso e é inebriado pelo que brilha fica fissurado em "ganhar algum" com tanta riqueza. Nem se preocupa com o crime.
Isso tudo, somado à "contratação" do hacker para servir à desmoralização das urnas eletrônicas, mostra que ainda pode vir muita revelação assombrosa por aí.
Ao menos a apreensão do passaporte dele e de Michelle faz-se necessária, para evitar a fuga do casal para algum país de extrema direita que não tenha acordo de extradição com o Brasil.
Pelo andar da carruagem, está em curso o desvendamento da "gangsterização" da política no Brasil. Que se apure tudo!
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.