A crise que envolve a concessionária de energia elétrica da região metropolitana do Rio de Janeiro, a Light, é mais um capítulo da má eficiência da iniciativa privada que os bilionários desse país fazem de tudo para esconder.
A Região que já abrigou a capital do Brasil é uma potência econômica, política e histórica e por isso deve entregar um serviço de energia de muita qualidade. O descaso da iniciativa privada com a importância da energia elétrica é proporcional a sua vontade de enriquecer a todo o custo.
A Eletrobrás virou presa fácil para a ambição desenfreada do mercado após ser privatizada, realizando um aumento para seus diretores na casa dos 3000%. Isso também ocorreu na VIBRA, antiga BR Distribuidora: um ano após a privatização a empresa concedeu um aumento mais “modesto” para sua diretoria, uma bagatela de 272%.
O pedido de recuperação judicial por parte da empresa de energia lembra também o caso do recente apagão do Amapá e mostra uma face da privatização que a burguesia se esforça muito pra esconder: sem a fiscalização do povo, poucos empresários abusam do poder de uma empresa até quebrá-la para o Estado recuperar.
Energia é um item essencial na sociedade, garante educação para as crianças, instrumentos de saúde para a população e trabalho para o povo. Uma necessidade tão básica na cidade e no campo não pode aceitar lideranças que trabalham pensando primeiro no seu umbigo pra depois jogar o prejuízo para o Estado.