Diante de crianças aterrorizadas, machucadas, mortas, de ambos os lados, o que dizer?
Quando nem os limites das leis da guerra – de não atacar a população civil, não a tornar refém, não cortar água, luz e comida de milhões há anos sitiados, não bombardear residências, escolas, hospitais, campos de refugiados e templos – são respeitados, o que falar?
Nenhuma causa avança, por mais justa que seja, se, reivindicando humanidade, opera-se com desumanidade.
Nenhum "direito de revide" se sustenta quando baseado na devastação, extermínio e asfixia da gente "inimiga".
As mentiras são muitas – na guerra, a primeira vítima é a verdade – mas é real o sangue, o medo, o horror em todo canto. Ponha-se naquele lugar.
A agonia de hoje vem de longe. Da longa noite de um povo palestino negado, apartado, discriminado em sua própria terra.
Cada dia, cada noite que passa, cortada por mísseis letais e ameaças de morte de prisioneiros, é um passo atrás na direção do essencial: fim imediato das hostilidades, mesa de conversação, garantia dos dois estados na região, com fronteiras e culturas respeitadas, como a ONU já decidiu. Nem antissemitismo nem islamofobia!
Em nome da vida, sobretudo dos que chegaram nela há pouco e não merecem ser recebidos com essas atrocidades.
No Brasil, o Dia das Crianças é comemorado no dia 12 de outubro. Mas é preciso protegê-las no mundo inteiro.
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.