O presidente da Central Única das Favelas lançou a questão no Fórum Sindical: por que trabalhadores essenciais para o funcionamento da escola como faxineiros, merendeiras não são prioritários para serem vacinados? São fundamentais para servir, mas não são para ser vacinados?, questiona Preto Zezé.
De acordo com o anunciado pelo Secretário de Educação, Rossieli Soares, a partir do dia 12 de abril deste ano, o governo estadual iniciará a vacinação de profissionais da educação, com idade igual ou superior a 47 anos, o que corresponde a apenas 40% do contingente educacional do estado, ou seja, no estado de São Paulo, 60% dos profissionais da educação ficaram fora desta etapa de imunização e muitos deles são os trabalhadores essenciais, mas invisíveis para o poder público.
Sâmia Bomfim solicita a inclusão de todos os profissionais da educação na próxima fase de vacinação
Na quinta-feira (25), a deputada federal Sâmia Bomfim Psol-SP encaminhou um ofício ao governador do Estado de São Paulo, João Doria, solicitando a inclusão de todos os profissionais de educação na próxima fase de imunizações contra a Covid-19. Essa lista inclui professores das redes pública (estadual e municipal) e privada, além de diretores, agentes de organização escolar e demais profissionais do corpo de apoio como merendeiras, faxineiros, secretárias, auxiliares, enfim todos os profissionais da escola.
“Julgamos indispensável a incorporação de todos os profissionais da educação nesta próxima etapa”, ressaltou Sâmia. A parlamentar do PSOL/SP alertou que, segundo o levantamento do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – APEOESP, desde 26 de janeiro de 2021 (só na Rede Estadual de Ensino) tem-se acumulada a triste marca de 2.317 casos de educadores contaminados, distribuídos em 1063 escolas, dos quais 55 até o momento vieram a óbito.
“O plano de vacinação deve atender a categoria sem qualquer distinção, a exemplo de como anunciado aos profissionais de segurança pública”, destacou Sâmia.
Antecipação do início da vacinação
No ofício, a parlamentar também falou da necessidade de antecipação do início das imunizações, anunciada só para o próximo dia 12 de abril, pois é essencial o serviço prestado por estes profissionais e o fato das escolas estaduais seguirem abertas, para alimentação e distribuição de materiais, bem como a inconsequente perspectiva de encerramento da suspensão das aulas presenciais obrigatórias, previsto para o próximo dia 28 de março, o que os coloca em maior risco de contaminação e propagação do vírus. Leia o ofício na íntegra