Uma das polêmicas da semana foi o cerco ao youtuber Felipe Neto, que chegou a ser intimado por ter chamado o ser que ocupa a Presidência do Brasil de genocida. O suficiente para a hashtag #BolsonaroGenocida explodir em poucas horas... Porque de fato ele é um genocida, faz um governo genocida e comanda, diariamente, a morte de milhares de brasileiros. Sim, a morte é um projeto do governo Bolsonaro.
O Dicionário Aurélio traz o vocábulo genocida como “adjetivo e substantivo de dois gêneros – que ou quem perpetra ou ordena um genocídio”, e define genocídio como "crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de destruir total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus, causar-lhes graves lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente, no todo ou em parte.”
Nenhuma dúvida: Bolsonaro é um GENOCIDA!
Muitos de vocês já devem ter lido ou ouvido o ditado alemão que diz “Se há dez pessoas numa mesa, um nazista chega e se senta, e nenhuma pessoa se levanta, então existem onze nazistas numa mesa.". Pois é, a partir dele que digo, sem medo de errar: pastores e igrejas que apoiam Bolsonaro são pastores e igrejas genocidas. Têm suas mãos e estruturas sujas de sangue.
Pastores como Silas Malafaia, Josué Valandro Junior, Augustus Nicodemus, Marco Feliciano, e instituições e igrejas que oficialmente se calam, como a Convenção Batista Brasileira e a Igreja Presbiteriana do Brasil, têm suas parcelas de culpa nas quase 300 mil mortes que enlutam o Brasil, e muitas inclusive das pessoas ligadas a essas igrejas. Sim, são pastores e estruturas eclesiásticas comprometidas com a violência, com a mentira, com o escárnio, com a morte! São GENOCIDAS!
Recordo-me de Dietrich Bonhoeffer, um teólogo, pastor luterano, membro da resistência alemã antinazista e membro fundador da Igreja Confessante, que disse: “Não devemos simplesmente enfaixar as feridas das vítimas sob as rodas da injustiça, devemos eliminar a própria roda.” Bonhoeffer foi preso por se levantar contra Hitler e morreu enforcado no campo de concentração nazista de Flossenburg. Seu espírito clama por justiça contra os fascismos, nazismos e genocídios impostos por seres perversos, como Adolf Hitler e Bolsonaro.
O Espírito do Evangelho é espírito de VIDA. Não pode haver comunhão entre o Evangelho e a política de morte do atual presidente. Não há comunhão entre Cristo e Belial, entre luz e trevas, entre a fé cristã e essa aberração que é o bolsonarismo, aceito e acalentado por esses malditos pastores, vendidos ao sistema. As 30 moedas de prata de Judas ainda compram mentes e consciências. Cargos, ministérios e postos de poder são aceitos em troca da mensagem que deveria denunciar o caos e a vergonha aos quais nos entregamos.
Portanto, que fique bem dito novamente: qualquer pastor, líder religioso, ou instituição religiosa que apoia um genocida, torna-se genocida com ele. Que assumam seus pecados, arrependam-se enquanto há tempo e voltem (se é que um dia estiveram) ao amor de Cristo, que condena toda opressão e toda forma de genocídio.
Quem tem ouvidos, ouça!
**Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.