Kaikais: pessoas certas para o lugar certo – Por Mouzar Benedito

Nosso Mouzar Benedito até tenta parar de fazer seus kaikais, mas o Brasil não deixa

Escrito en OPINIÃO el

Todas vez que mando um novo lote de kaikais, penso: Chega! É o último! Mas em seguida sou atropelado por notícias que me fazem repensar. Eu não deveria me surpreender com coisas do Congresso, mas talvez seja muito ingênuo. Depois de Bia Kicis comandando a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, colocam Carla Zambelli presidindo a Comissão de Meio Ambiente! Então, me vieram à cabeça, numa golfada, kaikais sobre pessoas certas para o lugar certo no conceito de quem manda (e quem obedece) no Brasil de hoje em dia.

Esta é a lógica que importa:

Nada como um cabrito

Pra tomar conta da horta

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Com seu jeitinho brejeiro,

A raposa é a mais adequada

Pra cuidar do galinheiro

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Tem que ter é bravura

E nunca ter lido um livro

Quem for para a Cultura

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Vara de marmelo e oração

São requisitos para ser

Encarregado da Educação

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Quando vê a mata queimando

Tem que ficar muito contente

Quem cuida do Meio Ambiente

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Segurança é para quem entente,

Alguém que não seja bem polícia...

Tem que ser melhor: ser da milícia

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Lei, ora lei. Justiça é pra quem pode,

Não é para quem quer ou precisa

Veja se entende isso, juiz ou juíza.

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Tem que rachar grana e ter mansão

Um cidadão de bem e bem armado

Para um bom combate à corrupção

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Tem que brigar com todo mundo

E louvar aos seus senhores

O cara das Relações Exteriores

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Odiar pobre e adular banqueiro,

Ferrar o Brasil e fazer demagogia:

Requisitos pra mandar na Economia

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Plantar comida de jeito nenhum,

Tem que ser tudo para exportar

É o que a agricultura vai precisar

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Direitos Humanos, que besteira!

Isso deve ficar a cargo de rezadeira

Que mandaria todos pra fogueira

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Para comandar os parlamentares

Num Congresso que funcione bem

Tem que ser quem saiba dizer amém

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Quem cuida da Saúde tem que entender

Que a morte não pode ser evitada, é natural.

Então, ninguém melhor que um general

*Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da Revista Fórum.