Em outubro de 2019, com o fechamento da Ford em São Bernardo do Campo, 1400 metalúrgicos perderam seus empregos, num dos setores mais afetados pelas mudanças tecnológicas da 4a. revolução industrial.
A pandemia do Covid-19 veio agravar esse quadro com menos empregos no setor das montadoras: a venda de veículos leves e pesados caiu 26,2% em 2020.
Menos empregos e pressão pela vacina
O balanço sobre produção e empregos no setor automotivo serão divulgados pela Anfavea- Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores- na próxima semana, bem como as projeções para este ano. Mas já sabemos que os emplacamentos de veículos leves e pesados registraram queda de 26,2%, em 2020, em comparação com 2019, segundo dados do Renavam - Registro Nacional de Veículos Automotores.
Foram licenciados 2,06 milhões de carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões no ano passado. Embora dezembro tenha sido o melhor mês do ano de 2020, em relação a dezembro de 2019, houve queda de 7,1%.
A Anfavea é uma das entidades mais preocupadas com a vacinação, pois depende disso para retomar a produção em maior escala e atender a demandas dos setores de veículos pesados e de frotas.
Alta do dólar e falta de componentes
Não vai ser fácil recuperar os índices de 2019: a alta do dólar e a desvalorização do real encarecem o preço do carro zero. Além disso, no Brasil que destrói o meio ambiente, para extrair ferro, mas importa aço, o fornecimento de componentes para as montadoras está prejudicado.
Em 2020, faltaram inúmeros componentes e matérias primas para todas as indústrias. A Hering, por exemplo, ficou sem algodão para as suas clássicas camisetas. Não foi diferente para a indústria automobilística: faltou aço, pneu etc.
As montadoras esperam ainda a normalização no fornecimento de componentes. O aço continua a ser o maior problema, mas a indústria do pneu afirma que o fornecimento já está sendo normalizado.
Com informações da Anfavea e Minaspetro