Dia 17 de novembro ocorrerá o Dia Global de Ação do Fast Food de 2020. Trata-se de um ato articulado mundialmente para conscientização de trabalhadores contra discriminação racial e assédios moral e sexual em redes de fast-food.
Hoje (09/11), a partir das 15H30, no McDonald's, situado na esquina da Avenidas Rebouças com a Henrique Schaumann, em São Paulo, sindicatos ligados as duas maiores centrais do Brasil - a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) - fazem panfletagem, distribuindo materiais aos jovens trabalhadores daquele fast-food.
A loja do McDonalds na esquina da Rebouças com a Henrique Schaummann foi escolhida para a abertura das mobilizações por ser uma das maiores da capital paulista.
A mobilização continuará em frente às lojas do McDonald's ao longo de toda semana e em outras lojas da capital e interior do estado de São Paulo e de Santa Catarina. O objetivo é conscientizar os trabalhadores sobre a importância de denunciar os diferentes tipos de assédio e práticas racistas no ambiente de trabalho, assim como divulgar o Dia Global de Ação do Fast Food de 2020.
"Pelo fim do assédio sexual no setor de fast food"
Desde 2014 trabalhadores de redes de fast-food organizam o dia de ação global no setor. No Brasil a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs-CUT) e outros sindicatos do ramo do comércio estão à frente da mobilização. O tema deste ano é “Pelo fim do assédio sexual no setor de fast food”.
Em julho deste ano a Contracs, CUT e UGT denunciara junto ao Ministério Público do Trabalho 16 casos de racismo institucional em lojas da rede de fastfood McDonald's e pediram a criação de força-tarefa para investigar outras denúncias.
O grupo McDonald’s foi denunciado formalmente neste ano à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) por ser campeã em casos de assédio sexual e de racismo em unidades de vários países do mundo.
Na França um gerente instalou uma câmera no banheiro feminino e gravou as trabalhadoras trocando de roupa. Nos Estados Unidos um ex- CEO é acusado de assédio e agressão sexual.
Só no Brasil existem 23 casos de denúncia de assédio sexual que estão sendo analisados pelo Ministério Público do Trabalho no Paraná.