As intrigas e confrontos do ex-governador Anthony Garotinho com magistrados e promotores de Justiça já renderam muita polêmica, embate judicial e matéria-prima para a imprensa. Com os direitos políticos suspensos, o patriarca passou o bastão ao filho Wladimir Garotinho (PSD), deputado federal que disputa a prefeitura de Campos dos Goytacazes (RJ), ninho político que a família tenta reconquistar no Norte do estado do Rio de Janeiro. Não podia faltar a tradicional nuvem de confusão que acompanha o sobrenome.
Vice na chapa de Wladimir, o empresário do ramo da saúde Frederico Paes teve a candidatura indeferida em segunda instância pelo TRE-RJ, por não ter respeitado o prazo de desincompatibilização da direção do Hospital Plantadores de Cana (HPC) e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Estabelecimentos de Saúde da Região Norte Fluminense (SindihNorte). O pedido de impugnação foi feito pela coligação concorrente Nova Força (SD, DEM, PTC e PV).
O fato seria motivo de preocupação para qualquer um, mesmo bem colocado nas pequisas de intenção de voto. Mas, no estilo bravateiro herdado do pai, o prefeitável e seu grupo político alardeiam que a reversão da decisão no TSE são favas contadas. Blog local partidário dos Garotinhos, o Diário da Planície estampou a manchete “TSE deverá reformar decisão do TRE-RJ sobre a candidatura de Frederico Paes”.
Entre os opositores e detratores campistas a piada é se essa primeira reforma prometida por Wladimir será como as deixadas inacabadas em dezenas de equipamentos públicos pela gestão de Rosinha Garotinho (2009 a 2016), também inelegível. A novela continua.