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OPINIÃO
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- O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, está em Brasília hoje, 12 de março. O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. Em 2018, o intercâmbio comercial foi de 4,1 bilhões de dólares, tendo aumentado 8,6% em relação a 2017. O Paraguai também abriga a segunda maior comunidade brasileira no exterior, com mais de 300 mil pessoas, muitas delas trabalhando no setor agrícola. Marito, como o clã Bolsonaro se dirige a ele, foi um dos primeiros chefes de Estado a se relacionar de forma amistosa com o atual presidente do Brasil. São parceiros na tentativa de isolamento do atual governo da Venezuela e tratarão em reunião do combate ao tráfico nas regiões fronteiriças, acordo automotivo e projetos de pontes binacionais.
- Exatamente há 30 anos, em 12 de março de 1989, surgia a WWW – World Wide Web – criada pelo engenheiro Tim Berners-Lee em Genebra, na Suíça. Neste dia, Lee apresentou ao Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN) o documento “Gestão da Informação: Uma Proposta”. Era o projeto de um software para compartilhamento universal de documentos em formato digital. Foi também Berners-Lee que publicaria em 1991 o primeiro site.
- Por falar em internet, a atribuição do domínio na rede “.Amazon” pelo Conselho Diretor da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN) à empresa norte-americana Amazon Inc continua dando polêmica com os países amazônicos como o Brasil. Reunidos no Japão, membros do ICANN resolveram que na ausência de acordo entre os países amazônicos e a empresa norte-americana até 7 de abril, o conselho anunciará uma decisão após 21 de abril. Desde 2012, o Brasil, via Itamaraty, coordenado com demais países amazônicos, opõe-se à atribuição do “.Amazon” de forma exclusiva para a empresa Amazon Inc.
- Após mais um Boeing 737 cair em menos de seis meses, agora na Etiópia, vários países suspenderam as operações com o modelo. As ações da Boeing fecharam com forte queda ontem em Wall Street.
- Na Argélia, milhares de manifestantes foram às ruas ontem (11) contra a candidatura do presidente Abdelaziz Bouteflica a um quinto mandato presidencial. Mais de mil juízes anunciaram que se recusariam a supervisionar as eleições se o presidente voltasse a concorrer. Bouteflika está há 20 anos no poder. Há indicativo de que ele desista da reeleição.
- O presidente da Colômbia, Ivan Duque, anunciou no último domingo (10) a objeção a seis dos 159 itens que compõem o complexo de decisões dos acordos de paz firmados por Santos, quando presidente, e as Farc em 2016. O acordo macro está sendo operado pela Justiça Especial para a Paz, criada para esse fim. Negociadores que representaram o governo na época, ex-dirigentes das Farc e a ONU anunciaram que o levantamento dessas objeções por Duque pode colocar em risco a implementação do projeto de paz e gerar dissidências entre ex-combatentes.
- Trump não desiste do muro com o México. O presidente deve solicitar esta semana ao Congresso uma verba de 8,6 bilhões de dólares para o Orçamento Federal de 2020 para financiar o projeto. Segundo a imprensa, Trump quer 5 bilhões do Departamento de Segurança Interna e 3,6 bilhões da Defesa. Nancy Pelosi e Chuck Schumer, respectivamente líderes dos democratas na Câmara e no Senado, já anunciaram que se oporão.
- No Reino Unido, deverá ser votado hoje (12) novamente o acordo do Brexit na Câmara dos Comuns. Não há muita expectativa de aprovação. Caso não seja aprovado, amanhã (13) o Parlamento votará pela aceitação ou não de uma saída da UE sem acordo. Se a saída sem acordo for rejeitada, na quinta (14), vota-se pela extensão do artigo 50 do Tratado de Lisboa, ou seja, pela extensão do prazo do Brexit inicialmente estipulado para 29 de março. Tal adiamento também deve ser aprovado pelos 27 países membros da UE.
- As recentes e polêmicas declarações de Benjamin Netanyahu de que Israel não é um Estado para todos os cidadãos, mas apenas os judeus, gerou contrariedade até mesmo por parte do presidente de Israel, Reuven Rivlin. O presidente disse que “são totalmente inaceitáveis as declarações sobre os cidadãos árabes de Israel”. O país terá eleições no próximo 9 de abri
- Será no próximo dia 19 de março o encontro entre Bolsonaro, como presidente do Brasil e o presidente dos EUA, D. Trump. Será a segunda viagem internacional de Bolsonaro. A primeira foi para o Fórum Econômico Mundial de Davos em janeiro. Um dos “presentes” que Bolsonaro levará para os americanos será o “Acordo de Alcântara” que permitirá o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) no Maranhão. O encontro entre os dois durará 20 minutos. Empresários brasileiros não vislumbram a assinatura de nenhum acordo comercial mais concreto entre JB e DT.
- O governo da Venezuela detalhou ontem (11) como o sistema elétrico do país foi atacado para gerar o apagão que já dura alguns dias. Houve ataques ao sistema computadorizado da empresa Corpoelec que fica em El Guri e também à central de operações elétricas que ficam em Caracas. Na sequência houve rompimento das vias de transmissão por “dispositivos móveis”. Quando Caracas já havia recuperado o sistema, foi atacada a estação de Alto Prado, que desestabilizou todo o sistema novamente. Subestações foram alvo de explosões e incêndios.
- Um colunista da revista Forbes, Kalev Leetaru, afirmou que seria “muito realista” pensar que o governo dos EUA lançaria um ataque cibernético contra o complexo hidrelétrico de Guri na Venezuela, gerando o apagão. Segundo ele, “interromper sistemas de energia e água, desacelerar ou interferir no acesso à internet são tópicos cada vez mais discutidos entre integrantes das forças de segurança nacional dos EUA como táticas legítimas e legais para atacar um Estado estrangeiro”.
- De forma casada com a sabotagem elétrica, o autointitulado presidente J. Guaidó aprovou na Assembleia venezuelana um decreto que declara estado “de alarme” na Venezuela e convocou manifestações para essa terça 12 de março.
- Ainda sobre a Venezuela, no último domingo (10) o jornal New York Times divulgou um vídeo que comprova que o incêndio de um dos caminhões de “ajuda humanitária” destinados a entrar na Venezuela pela fronteira com a Colômbia no dia 23 de fevereiro foi provocado por um coquetel molotov lançado por manifestante contrário ao governo de Maduro. Na época, o governo Maduro foi acusado de promover o incêndio.
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