Djimy Coesmeus, um imigrante haitiano de 28 anos, aparece num vídeo, datado do último dia 08, no qual é imobilizado, sufocado e agredido por três homens trajando uniformes de vigilante. Ele trabalha na unidade do frigorífico BRF de Chapecó, em Santa Catarina.
Nas imagens é possível perceber que Coesmeus grita alto, o que atrai a atenção de colegas de trabalho, que saem em socorro ao haitiano.
O caso teria começado após uma discussão entre o imigrante e seu supervisor, que o acusava de ter faltado ao trabalho numa determinada data, o que era refutado pelo funcionário estrangeiro. Coesmeus conta que, por ter muita dificuldade para falar português, não estava conseguindo argumentar com o chefe e logo a conversa tornou-se uma discussão.
Com os ânimos exaltados, os três seguranças foram ao pátio da unidade, jogaram Coesmeus no chão e passaram a tentar imobilizá-lo. Um deles colocou os joelhos sobre as costas das vítimas, sufocando-a, numa imagem que lembra muito as agressões que culminaram com a morte de João Alberto Silveira Freitas, no supermercado Carrefour de Porto Alegre (RS).
Cerca de um minuto após o início do vídeo que mostra as agressões, Coesmeus é solto pelos vigilantes e sai andando, acompanhado por colegas de trabalho.
A direção do frigorífico BRF emitiu uma nota na qual afirma que os vigilantes envolvidos nas agressões são funcionários terceirizado e que já foram substituídos. O texto informa ainda que o haitiano e seu supervisor, que deram início à discussão que terminou na agressão do subordinado, foram afastados preventivamente, sem suspensão de seus salários, até que uma investigação determine o que de fato aconteceu no episódio.
Veja o vídeo: