Médicos e enfermeiros fazem festa após segunda dose da vacina: "aproveitar a vida"

Quando a polícia chegou, organizador do encontro ilegal debochou dizendo que “estavam todos imunizados”

Foto: reprodução Record
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Infelizmente as notícias sobre flagrantes de festa clandestinas se tornaram diárias na pandemia. E geralmente o perfil desses encontros é padrão: jovens. Mas, não foi o que a polícia encontrou em Montes Claros (MG): os participantes do encontro ilegal eram médicos e enfermeiros.

O fato se deu neste domingo (7), quando a Polícia Militar e Guarda Municipal do município mineiro, após denúncia, desbarataram uma festa clandestina. Tratava-se da comemoração de aniversário de um médico cubano. Os convidados eram todos profissionais da saúde, que deveriam dar o exemplo.

Ao G1, o inspetor Cleiton Cruz revelou que, ao pedir os documentos o médico que organizou a festa se recusou a apresentar, foi desrespeitoso e ainda debochou. "Ele ainda debochou, dizendo que todos estavam imunizados com duas doses da vacina e, por isso, deveriam ser felizes, curtir, aproveitar a vida", disse o inspetor.

O inspetor ainda revelou que ele e os outros agentes de segurança ficaram chocados ao descobrir que todos os convidados eram profissionais da saúde.

"Questionamos sobre os convidados e, para nossa surpresa, o médico confessou que eram enfermeiros. São pessoas que deveriam dar o exemplo, já que conhecem de perto a situação crítica que estamos vivendo. É uma afronta e um desrespeito com aqueles que morreram e suas famílias", declarou o inspetor Cleiton da Cruz.

Como se não bastasse se tratar de uma festa organizada por um médico e com profissionais da saúde como convidados, segundo a polícia, todos os presentes estavam sem máscara e não tinha álcool gel no local.

Montes Claros, que fica no norte de Minas, está na "onda roxa", do programa Minas Conscientes e, assim como a fase vermelha em São Paulo, essa etapa de restrição veta qualquer reunião, mesmo que seja com pessoas da mesma família.

O médico que organizou a festa foi encaminhado à delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi multado em R$ 9.160. A Guarda Municipal revelou que ele já foi atuado outras vezes por infringir as regas sanitárias de combate à Covid-19.