O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o empresário Fábio Wajngarten da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). No lugar do empresário, Bolsonaro nomeou o almirante Flávio Rocha, atual chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
A oficialização da exoneração de Wajngarten foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (11). Há uma possibilidade de que a Secom fique subordinada ao Ministério das Comunicações, comandado por Fábio Faria, isso porque o ministro das comunicações e o almirante são próximos e, no começo do mês, viajaram juntos em missão diplomática para a Ásia e Europa.
Nos bastidores circula a informação de que Fábio Faria foi o responsável pela ida do almirante à Secom e que, portanto, isso não significa uma militarização da comunicação do governo.
A demissão de Wajngarten já era ventilada, pois, o antigo responsável pela Secom acumulava desentendimentos com o ministro das comunicações e com a o gabinete da Presidência da República.
Wajngarten já esteve na mira da Polícia Federal, que chegou a emitir um pedido de busca e apreensão, pois, havia a suspeita de que o governo Federal, por meio da Secom, repassava de forma indireta dinheiro, por meio de publicidades, para páginas de extrema direita que apoiam o governo e que estiveram envolvidas na divulgação dos atos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e a edição de um novo AI-5.
Porém, o Procurador-Geral da República não permitiu e alegou que não havia base para tal acusação e a consequente realização de busca e apreensão.
Outro fato que jogou os holofotes, de maneira negativa, em Wajngarten, foi a revelação feita pela Folha de S. Paulo, de que o responsável pela Secom recebia, por meio de uma empresa da qual é sócio, dinheiro de emissoras de televisão e de agências de publicidade contratadas pela Secom.
Com informações da Folha de S. Paulo