O deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP), aliado de Bolsonaro, foi condenado pela segunda vez pela Justiça de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 20 mil ao técnico de informática, A.H.F, que foi citado no dossiê contra os antifascistas.
O documento em questão, que foi divulgado no ano passado, lista o nome de cerca de mil pessoas que se declaram antifascistas. Além do nome, o dossiê traz fotos, endereços e telefones das pessoas.
Essa é a segunda vez que o deputado Douglas Garcia é condenado por motivo semelhante. No ano passado ele teve que pagar uma indenização de mesmo valor por danos morais a uma mulher que também teve os seus dados divulgados no documento.
Para o parlamentar, as pessoas que compõem o dossiê são "terroristas". Entre as provas de que os antifascistas são "terroristas" e conforme indicado no dossiê estão um livro sobre a vida de Carlos Marighella e uma placa de homenagem à vereadora a Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 2018.
De acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL, na ação movida por A.H.F contra Douglas Garcia, ele diz que o verdadeiro motivo do dossiê é de fomentar perseguição política contra as pessoas que se posicionam contra a gestão federal de Jair Bolsonaro (sem partido).
O deputado estadual ainda não apresentou defesa, mas já disse à Justiça que não tem participação na elaboração do dossiê contra os antifascistas.
Todavia, à época da divulgação de tal documente, o parlamentar chegou a publicar em suas redes sociais que tinha recebido um documento semelhante e que, tal documento havia sido entregue para a Embaixada dos EUA por meio do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República.
Ainda cabe recurso à decisão.
O deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (PSL-SP) se tornou alvo de um inquérito do Ministério Público de São Paulo por conta do “dossiê” que preparou contra manifestantes antifascistas.
A abertura do inquérito foi determinada nesta segunda-feira (8) pelo promotor Paulo Destro para apurar a utilização de equipamentos públicos da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) na elaboração do relatório com quase mil nomes de pessoas que se declarariam antifascistas, contendo dados pessoas como número de documentos e até mesmo endereços de trabalho e de moradia.
Para o promotor, a elaboração do relatório do deputado, feito com dados que o próprio parlamentar pediu para que as pessoas enviassem, poderia configurar “prejuízo ao erário público, com desvio de finalidade ou de poder, afrontando os princípios constitucionais de legalidade e da moralidade no serviço público”.