O Ministério Público Militar pediu, nesta segunda-feira (15), de oito dos 12 militares acusados de terem disparado mais de 200 tiros contra o músico Evaldo dos Santos Rosa, em abril de 2019, em Guadalupe, na zona norte do RJ.
Além disso, os promotores também pediram a condena deles na morte do catador de materiais recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar Evaldo, mas acabou sendo morto pelos tiros disparados pelos militares.
Também foram acusados por tentativa de homicídio contra o sogro de Evaldo, que foi atingido de raspão.
Como não há provas de que os outros quatro militares tenham participado do tiroteio e ou efetuados disparos, o MPM pediu que sejam absolvidos.
Relembre o caso
Em abril de 2019, Evaldo dirigia um carro onde levava a esposa, Luciana Nogueira, o filho de 7 anos, o sogro e uma amiga para um chá de bebê.
No bairro de Guadalupe, que fica na zona norte do Rio de Janeiro, o carro foi alvo dos fuzis e das pistolas dos militares, que penssaram se tratar de um assaltante. Evaldo e Luciano morreram na hora.
Laudo realizado à época revelou que cerca de 257 disparos foram realizados contra o carro. O MPM, em sua alegação final, afirma ter comprovado 82 tiros e deixa claro que houve dificuldade para comprovar quantos tiros foram disparados por cada militar envolvido na ação.
Evaldo levou oito tiros nas costas.
“Assim agindo, mataram, com 82 disparos (!!!), um músico que estava desfalecido dentro de seu carro e cuja esposa e filho de 7 anos tinham acabado de sair correndo para pedir ajuda, feriram um idoso e feriram mortalmente um catador de recicláveis que apenas se aproximou do veículo para prestar ajuda atendendo aos gritos de socorro da esposa de um homem inconsciente”, diz trecho da manifestação do MPM.
Com informações da CNN Brasil.