Em entrevista à jornalista Andrea Sadi, na Globo News, na noite deste domingo (31), o candidato do MDB à presidência da Câmara dos Deputados Federais, Baleia Rossi (SP), declarou que o negacionismo "não é bom para o Brasil" e que os pedidos de impeachment podem passar por análises técnicas e políticas caso seja eleito.
Rossi também declarou que é o candidato que tem "compromisso com o Brasil" e que, caso seja eleito, sua prioridade será "retomar a agenda econômica".
Questionado sobre ter votado favoravelmente em 90% das pautas do governo Bolsonaro, Baleia Rossi afirmou que não se arrepende e que votou em "sintonia com aquilo que a sociedade espera".
O candidato também comentou sobre a presença de partidos de esquerda em seu bloco de apoio e afirmou que, apesar das diferenças programáticas com tais partidos, a "defesa da democracia e das instituições" foi o que garantiu o apoio dos partidos de centro-esquerda à sua candidatura.
Baleia Rossi também foi instado a comentar a postura do governo federal diante da pandemia e afirmou que "muitos erros foram cometidos" e que o governo Bolsonaro "não entendeu a importância do diálogo com os municípios e estados".
O deputado também destacou o fato de que a Câmara parou os trabalhos para votar todas as medidas para contornar a crise gerada pela pandemia.
"Votamos o orçamento de guerra, garantimos apoio aos municípios e aprovamos o auxílio de R$ 600, e o governo queria aprovar R$ 200", disse Baleia Rossi.
Rossi também criticou o negacionismo por parte do governo Federal. "O negacionismo não é bom para o país. Vejo com muita preocupação essas campanhas anti-vacina. Nós só vamos superar essa pandemia com vacina", disse Rossi.
Ainda sobre a questão da vacina, Rossi criticou o governo Bolsonaro. "Falta dinheiro para a vacina, mas R$ 3 bilhões foram disponibilizados para influenciar na eleição da Câmara", criticou.
A eleição à presidência da Câmara dos Deputados Federais acontece amanhã (1). Rossi disputa o cargo com Arthur Lira (PP-AL), que conta com o apoio do governo Bolsonaro.