O Grande Prêmio da Turquia de Fórmula 1, disputado neste domingo (15), rendeu ao piloto britânico Lewis Hamilton muito mais que o seu sétimo título na categoria – o quarto de forma consecutiva. Também permitiu a ele igualar o alemão Michael Schumacher como o maior campeão da história dessa competição.
Como Hamilton já havia ultrapassado Schumacher em número de vitórias e de poles, não é nenhum exagero dizer que o inglês já é o maior campeão da história da Fórmula 1 em todos os tempos.
Além disso, o piloto de 35 anos de idade ainda projeta alguns anos a mais de carreira, nos quais poderia aumentar seus recordes, para que se tornem indiscutíveis até para os racistas que tentem resistir à sua hegemonia.
Sim, porque a façanha do piloto precisou vencer a barreira do primeiro piloto negro de sucesso em um circuito dominado por brancos. E, especialmente nos últimos anos, Hamilton tem se mostrado consciente dessa responsabilidade.
Já desde alguns meses, o piloto vinha demonstrando abertamente seu apoio à luta contra o racismo e a movimentos como o Black Lives Matter.
Esse ativismo passou a ser ainda mais explícito em meados deste ano, depois do assassinato do estadunidense George Floyd por parte da polícia de Minneapolis. Desde então, antes do início de cada corrida e depois de cada vitória, Hamilton realiza o gesto com o joelho no chão e o punho cerrado com o braço erguido, símbolo da luta antirracista.