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Disposto a brigar para manter sua candidatura ao governo de Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) irá à Justiça para impedir uma intervenção da direção nacional do PSB e reafirmou que pretende se lançar candidato na convenção marcada para este sábado (4). Horas depois, porém, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, determinou uma mudança no comando da sigla em MG para impedir a legenda de confirmar o nome de Lacerda ao Palácio da Liberdade.
Com a intervenção, o novo presidente do PSB-MG passa será René Vilela, ligado ao deputado federal Júlio Delgado, rival de Lacerda no partido. O novo comandante do PSB-MG, estuda se é possível cancelar a convenção marcada pelos aliados do ex-prefeito. Lacerda partiu para o ataque após a determinação da cúpula do partido para tirá-lo da disputa e apoiar a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT). Disse que em hipótese alguma apoiaria os petistas e que está disposto a usar todos os artifícios para derrubar a determinação da direção da legenda.
Mesmo diante do desgaste de causar um racha no partido e ser um candidato graças a uma liminar judicial, o ex-prefeito diz ter delegados suficientes para aprovar seu nome como candidato na convenção deste sábado. Ele também intensificou as articulações para manter a aliança com os partidos que já estavam praticamente acertados com sua coligação.
A equipe jurídica de Lacerda já trabalha na elaboração de um mandado de segurança para garantir a candidatura do socialista. O ex-prefeito explicou que a intervenção pode ser feita pelo presidente do partido, mas que essa decisão precisa ser votada na Executiva nacional. No entendimento de Lacerda, para que isso ocorra, é preciso que a direção estadual do PSB tenha cometido uma falta grave, “o que não é o caso”. Por isso, mesmo que o processo de intervenção prospere, ele acredita em uma vitória judicial.
PDT e Pros fazem parte do núcleo duro de apoio a Lacerda. Já Podemos, PRB e PV, que estavam praticamente fechados com Lacerda, ainda avaliam os próximos passos. A negociação nacional prevê o sacrifício da candidatura da vereadora recifense Marília Arraes (PT) ao governo de Pernambuco para apoiar a reeleição de Paulo Câmara (PSB). Em contrapartida, o PSB retiraria a candidatura própria em Minas e apoiaria os petistas.
Com informações do jornal O Tempo