Na próxima semana, seguindo seu tour pelo mundo, Doria irá visitar a Paraíba e, de lá, voa para Paris, onde participa de um evento. E já tem viagem programada para a Itália nas próximas semanas
Por Luiz Henrique DiasO Prefeito de São Paulo já escolheu sua vocação: viajar.
Desde que assumiu o cargo, em janeiro, ele ja passou quase dois meses viajando pelo Brasil e pelo mundo, participando de eventos, confraternizações e de reuniões onde, agindo como um verdadeiro mascate, ofereceu seu programa de privatizações.
Na próxima semana, seguindo seu tour pelo mundo, Doria irá visitar a Paraíba e, de lá, voa para Paris, onde participa de um evento.
E já tem viagem programada para a Itália nas próximas semanas.
Fama ruim
Para escapar da fama de "viajador" - em alusão ao seu "João Trabalhador", usado na campanha - o Prefeito tem falado que não é preciso estar fisicamente presente para governar, e disse conseguir resolver tudo via WhatsApp e videoconferências.
Liquidação
Apoiado na onda de privatizações pelo país, Doria colocou à venda terminais, parques, cemitérios e outros equipamentos públicos, além do autódromo de Interlagos, o Anhembi e a operação do Bilhete Único. E isso tem servido de desculpas para as viagens: oferecer os "produtos" para possíveis compradores.
Parcerias fracassadas
O programa de doações, amplamente divulgados pelo Prefeito tem sido um fiasco. O jornal Folha de São Paulo chegou a publicar uma matéria com números e dados sobre as promessas de apoio não cumpridas por empresas privadas.
Abandono e escândalos
A cidade, principalmente a periferia, estão abandonados. Mato alto, buracos nas ruas e semáforos apagados já fazem parte da rotina dos paulistanos. As UBSs sofrem com a falta de médicos e as creches não tiveram expansão de vagas. Dória cortou também o leite das crianças da Rede Municipal e proibiu as crianças de repetir a merenda.
Nesta semana, enquanto anunciava mais viagens, o Secretário de Meio Ambiente foi demitido depois de denunciar fraudes na gestão Dória.
Comentário
Doria já deixou claro que não tem interesse de ser Prefeito e quer mesmo concorrer à Presidência. Para isso, optou por abandonar a cidade e investir pesado no marketing eleitoral antecipado, recebendo honras e títulos de seus colegas de partido em vários legislativos pelo país. Além disso, usa um poderoso aparato de redes sociais para divulgar programas requentados - que somente mudaram de nome - e superfaturar ações fracassadas, como ocorreu na região chamada de cracolândia.