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Cunha foi ouvido hoje em Curitiba como parte do processo em que Michel Temer é investigado. Acusações ocorreram após as gravações de conversa do presidente com o empresário Joesley Batista
Por Redação Foto:José Cruz/Agência Brasil
Em depoimento prestado hoje em Curitiba, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, negou que tenha sido comprado para não delatar o presidente Michel Temer. Segundo o advogado Rodrigo Rios, Cunha disse que "o silêncio dele nunca esteve à venda" e que não foi procurado por Temer ou interlocutores dele para comprar o seu silêncio.
O questionamento foi feito porque na gravação do empresário Joesley Batista com o presidente há um trecho em que ele diz que estava pagando mesada para Cunha e seu aliado Lúcio Funaro para que ficassem calados na prisão. Temer teria respondido: "tem que manter mesmo, viu?" É interessante notar que Cunha nega ter sido procurado por interlocutores, mas não fala, pelo menos na frase reproduzida pelo advogado, que não tenha recebido dinheiro de Joesley.
O advogado do ex-deputado também relatou que Cunha não respondeu aos questionamentos relacionados ao suposto recebimento de propina por parte de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do FGTS. Alegou que isso não faria parte do inquérito contra Temer. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, deu cinco dias para à Polícia Federal para que conclua o inquérito sobre Temer, prazo que vai até o dia 19 de junho. Depois, a Procuradoria Geral da República pode oferecer ou não denúncia contra o presidente. Se ocorrer a acusação, o STF decidirá se Temer será transformado em réu.