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Governo continua refém de organizações criminosas que não param de matar em vários presídios da região norte. Só na madrugada deste domingo (08) foram mais quatro. Ministro Alexandre de Moraes repete diariamente que a situação está “sob controle”. Deputado Federal do Solidariedade incita nas redes sociais que o presídio de Bangu mate mais do que os do norte. Governo Federal troca acusações com o Governo Estadual. Enquanto isso, parentes desesperados, reféns também de um sistema punitivo completamente falido e de um governo inoperante e sem legitimidade, tentam enterrar seus mortos.
Da redação com Informações do G1
Governo continua refém de organizações criminosas que não param de matar em vários presídios da região norte. Só na madrugada deste domingo (08) foram mais quatro. Ministro Alexandre de Moraes repete diariamente que a situação está “sob controle”. Deputado Federal do Solidariedade incita nas redes sociais que o presídio de Bangu mate mais do que os do norte. Governo Federal troca acusações com o Governo Estadual. Enquanto isso, parentes desesperados, reféns também de um sistema punitivo completamente falido e de um governo inoperante e sem legitimidade, tentam enterrar seus mortos.
Mais quatro pessoas foram mortas durante uma rebelião na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, neste domingo (8), de acordo com o secretário de Administração Penitenciária do estado, Pedro Florêncio. Segundo um agente carcerário que estava na unidade e não quis se identificar, apenas três agentes monitoravam o local no momento do tumulto.
A movimentação dos detentos começou por volta das 3h do horário local (5h de Brasília). Inicialmente, o secretário havia informado cinco mortes, mas depois revisou o número para quatro.
Em nota, o Comitê de Gerenciamento de Crise informou que os presos iniciaram uma briga por motivo desconhecido. Quatro foram mortos pelos próprios internos. Das vítimas, três foram decapitadas e uma foi morta por asfixia.
A situação neste momento é considerada estável e com policiamento reforçado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. As mortes serão investigadas, segundo o Comitê.
Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), para identificação. Ainda de acordo com o secretário, está sendo realizada uma contagem dos presos. Os mais de 280 detentos instalados na unidade passaram por uma revista após a rebelião.
Fora da Cadeia Pública, familiares iniciaram um tumulto em busca de informações sobre os detentos. O Batalhão de Choque interveio com spray de pimenta.
Ainda neste domingo (8), a assessoria do Ministério da Justiça informou que o titular da pasta, Alexandre de Moraes, autorizou o envio de apoio federal para atender a pedidos dos governos de Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. Os três estados solicitaram ajuda da União para conter a crise penitenciária e modernizar as penitenciárias locais.
O Ministério da Justiça disse ainda que o governo amazonense solicitou "ajuda imediata" da Força Integrada de Atuação do Sistema Penitenciário. Ainda de acordo com a assessoria da pasta, os pedidos encaminhados por Manaus já foram autorizados por Moraes, "dentro dos termos legais".