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Eleições Americanas
Convenção Nacional Democrata
Da Filadélfia
Trânsito caótico, protestos a respeito dos tópicos mais variados, barricadas de policiais, shows e exibições mesclando política e arte, grupos de visitantes de todas as partes dos EUA. Começou ontem na Filadélfia a Convenção Democrática Nacional, evento onde se reúnem, por quatro dias, delegados e políticos de expressão com o objetivo de consolidar o nome de um candidato e unificar o Partido Democrata na corrida à presidência dos Estados Unidos.
O evento começou de forma conturbada, após a divulgação pelo jornal New York Times de emails vazados pelo Wikileaks, indicando que o partido democrata tentou sistematicamente sabotar a candidatura do rival de Hillary Clinton nas primárias, Bernie Sanders. O que tinha sido planejado para ser a abertura de uma semana dedicada ao nome de Hillary Clinton e a um programa de governo comum se tornou um dia de dissensão e protesto, o que evidenciou a fratura dentro do partido democrata.
Para tentar remediar a já esperada polarização entre os simpatizantes de Sanders e Hillary, os marketeiros de Clinton convidaram um time de peso para palestrar diante dos delegados do partido em um evento fechado mas transmitido em rede nacional.
A comediante Sarah Silverman, famosa por suas provocações e por sua participação no programa “Saturday Night Live”, ela mesma simpatizante de Bernie Sanders, replicou às vaias de parte da platéia que não parava de gritar o nome de Sanders: “Isso é para aqueles que estão dizendo ‘Bernie or Burn’ (ou Bernie ou nada). Vocês estão sendo ridículos”. Mais vaias. Em seguida Cheryl Lankford, ex-aluna da Universidade Trump, deu um depoimento rápido sobre como ela tinha apostado toda sua reserva financeira na educação que receberia na instituição do milionário republicano, e que finalmente percebeu que fazia parte dum engodo, de um jogo de marketing e de uma farsa acadêmica. Aplausos minguados. Paul Simon cantou de forma hesitante, gerando repercussão negativa nas redes sociais, e não foi capaz de aliviar um pouco os ânimos. Michelle Obama foi ao palco para dizer que os Estados Unidos já são uma grande nação, refutando o slogan de Trump “Make America great again”. Por um momento a platéia se uniu. Só que não ao redor do nome de Hillary Clinton, como esperado. Em seguida, a senadora do estado de Massachusetts, Elizabeth Warren, outra simpatizante de Sanders, endossou o nome de Clinton, em mais uma tentativa de unir a platéia. Em vão.
Finalmente Bernie Sanders falou, deixando claro que, apesar das diferenças entre os dois, apoia Hillary Clinton. Aplausos para Bernie. Apreensão do lado de Hillary.
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