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Um grupo de policiais civis do Distrito Federal publicou um vídeo na conta do grupo THCProcê ameaçando todos os membros da comunidade. A polícia informou que encontrou 100 pés de maconha na casa do administrador da cooperativa, mas os próprios agentes confirmaram que não havia nenhuma movimentação de tráfico no local. “O curioso é que não havia movimentação de boca de fumo, não haviam usuários circulando por lá”
Por Redação
Um grupo de policiais civis do Distrito Federal prendeu na última quinta-feira (16) Sérgio Devair Costa, administrador do grupo THCProcê, cooperativa que unia cultivadores de cannabis do Brasil inteiro que se recusavam a comprar a erva do tráfico e encomendavam sementes no grupo.
Em um vídeo publicado na conta do próprio THCProcê, os policiais ameaçaram todos os membros da comunidade e os acusaram de estar corrompendo a família. "Nós temos o endereço de cada um dos colaboradores que pagam R$ 37 por mês para receberem e cultivarem suas plantas de maconha em casa", disse um delegado no vídeo.
Veja a matéria: Não compro, planto
Os policiais também ameaçaram prender os inscritos no canal por tráfico e associação ao tráfico. “Vamos bater na casa dos senhores e vocês vão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Esse é o último vídeo do canal. A casa caiu. Cada um dos senhores está na nossa lista, com endereço e com identificação”.
A polícia informou que encontrou 100 pés de maconha, mas os próprios agentes confirmaram que não havia nenhuma movimentação de tráfico no local. “O curioso é que não havia movimentação de boca de fumo, não haviam usuários circulando por lá”, disse o policial Raimundo Nonato, que participou da operação.
A Cooperativa de Cultivadores do Brasil (CCB), contava com aproximadamente 1.500 associados, que poderiam pagar mensalidades de R$ 32,80, R$ 54,80 ou R$ 74,80. Dependendo do plano, o associado poderia receber 4, 6 ou 8 sementes. Algo em torno de R$8 por unidade (preço muito menor do que os praticados pelos bancos de sementes na Europa).
“Queremos que pessoas possam comprar sementes boas, de qualidade e plantar em casa, somos defensores do plantar para não comprar”, diz o site da CCB.
Ativistas em prol da legalização entraram nos perfis dos policiais Ricardo Machado e Roberto Costa para criticar a atuação dos agentes, em troca os policiais responderam os comentários com ofensas e divulgaram os dados pessoais de quem os questionava.
A Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas (REFORMA), rede de advogados que lutam pela regulamentação e descriminalização das drogas, vai entrar com uma representação contra os policiais por abuso de autoridade. As informações são do site Growroom.