Dilma, sobre medidas econômicas de Temer: "Em vez de ordem e progresso, nós teremos desordem e retrocesso"

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Presidenta falou sobre os impactos na educação caso as medidas propostas pelo governo provisório sejam aprovadas e também criticou as intenções privatistas acerca do pré-sal. "Esta riqueza é o nosso passaporte para o futuro, garantindo cada vez mais o acesso, a permanência e, sobretudo, a qualidade da educação" Por Redação A presidenta Dilma Rousseff falou na tarde desta quarta-feira (25) com internautas por meio de sua página no Facebook. Junto com o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, ela comentou as consequências das medidas econômicas propostas pelo governo provisório de Michel Temer na área. "O impacto na educação é muito grave. Pra você ter uma ideia, se tivesse sido adotada nos últimos 10 anos de governo Lula e Dilma, a medida proposta de reajustar os recursos para educação e saúde pela inflação do ano anterior, nós teríamos tido uma perda da ordem de R$ 500 bilhões", afirmou. Dilma lembrou que a Constituição de 1988 exige que os municípios e estados no país apliquem ao menos 25% dos seus impostos em educação, sendo que o governo federal tem que investir no mínimo 18% da receita com impostos. Segundo ela, desde 2011, foram investidos R$ 54 bilhões acima da exigência mínima constitucional. "A proposta do governo provisório compromete o próprio piso. Portanto se for adotada será o maior retrocesso da história da educação brasileira desde a constituição de 1988. Por isso eu insisto, em vez de ordem e progresso, nós teremos desordem e retrocesso", argumentou Dilma. Ainda sobre a questão, a presidenta considera um dos grandes legados de seu governo a vinculação dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para a educação pública. "É uma riqueza extraordinária. Diziam que não conseguiríamos extrair o pré-sal, pois estava entre 4 e 7 mil metros de lâmina d’água no fundo do mar. Hoje, a Petrobras já está produzindo quase 1 milhão de barris de óleo por dia", disse. "Esta riqueza é o nosso passaporte para o futuro, garantindo cada vez mais o acesso, a permanência e, sobretudo, a qualidade da educação. Pois bem, estão querendo acabar com o modelo de partilha que vai garantir que a parte do leão desse petróleo que nós sabemos onde está, conhecemos a qualidade, sabemos como extrair, não resulte em benefícios para toda a população. Querem privatizá-lo e privatizar, neste caso, significa destinar a poucos grupos econômicos a 'parte do leão'", apontou a presidenta. Reprodução Facebook