Lula: "Hoje, neste país, há um partido chamado Globo, um partido chamado Veja"

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Em evento que celebrou os 36 anos do PT no Rio de Janeiro, ex-presidente criticou o tratamento recebido pela imprensa, lembrando ainda da mansão da família Marinho. "A Globo fala tanto de democracia e intimou os blogueiros a tirarem as notícias dos Marinho em Paraty” Por Redação Em seu discurso no evento que celebrou os 36 anos do Partido dos Trabalhadores no Rio de Janeiro na noite deste sábado (28), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o tratamento recebido pela mídia e disse que, se julgar necessário, será candidato à presidência em 2018. "Eles pensam que vão me tirar da luta. Se quiserem me derrubar, vão ter que me enfrentar na rua. (…) Podem estar certos de uma coisa, se for necessário eu estarei com 72 anos, com tesão de 30, para ser candidato”, disse. Lula dedicou parte do seu discurso para criticar o comportamento da mídia tradicional. "A gente não tem hoje um grande partido de oposição. Nós temos um partido chamado Globo, um partido chamado Veja, chamado outros jornais, que é quem de verdade lidera a oposição no país. E é preciso que essas pessoas saibam de uma coisa dita por nós, olhando pra nossa cara. Se eles quiserem voltar ao poder, vão ter que aprender a ser democráticos, a disputar eleições e a acatar o resultado. Fazer sacanagem nós não aceitamos. Tentar dar golpe, não vão dar", disse. O ex-presidente voltou a negar que seja o dono do apartamento no Guarujá e do sítio em Atibaia. O último, segundo ele, foi comprado por seu amigo Jacó Bittar para que sua família o utilizasse quando deixasse a presidência. “Não imaginava que uma parte do MP era subordinado a uma parte da imprensa”, ironizou. Lula ainda lembrou da mansão da família Marinho e questionou a postura da emissora de notificar blogueiros para que tirem do ar as reportagens sobre o tema. “A Globo fala tanto de democracia e intimou os blogueiros a tirarem as notícias dos Marinho em Paraty.” No ato, o ex-presidente ainda conclamou o partido a se unir em defesa do governo federal.  “Por mais que tenha discordância em alguma coisa, a Dilma tem que ter certeza de que o lado dela é esse. Ela precisa de nós para poder sobreviver aos ataques que ela vem sofrendo no Congresso Nacional pelos nossos adversários”, falou. Foto de capa: Nacho Lemus/TeleSURtv