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Em seu discurso, ex-presidente lembrou que, em 2003, havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. Ele citou os avanços realizados no combate à fome e à miséria desde que o tema foi assumido como prioridade pelo governo e falou também das dificuldades: “o maior obstáculo que enfrentamos para implantar o nosso programa foi o preconceito”
Por Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura da 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, no último sábado (6). No evento, ele foi classificado como "o maior e mais apaixonado lutador contra a fome no mundo". A frase foi dita por Kenneth M. Quinn, que foi embaixador dos EUA, atuou durante 32 anos no Departamento de Estado norte-americano e hoje preside a World Food Prize Foundation.
Em seu discurso, Lula citou outro brasileiro que colaborou com a FAO, o médico Josué de Castro, e lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. Ele falou ainda sobre os avanços realizados no combate à fome e à miséria desde 2003, quando o tema foi assumido como prioridade pelo governo. “Estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome”, declarou.
A fala do ex-presidente à plateia, composta por chefes de Estado e ministros do mundo todo, criticou a imprensa, que se mostrou um grande “obstáculo” para a implantação das políticas sociais no Brasil. “ O maior obstáculo que enfrentamos para implantar o nosso programa foi o preconceito por parte de um setor da imprensa no meu país, de setores na área intelectual, de alguns setores ricos da sociedade, que diziam que o Bolsa Família iria estimular a vadiagem”, explicou.
Foto de capa: Ricardo Stuckert/Instituto Lula