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Entre os requeridos da ação pública ajuizada pelo Ministério Público do Paraná está também o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini; segundo órgão, houve excesso de força e gastos públicos indevidos
Por Redação*
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ajuizou, na última segunda-feira (29), uma ação pública contra o governador Beto Richa (PSDB) por atos de improbidade administrativa. Ele foi apontado como um dos responsáveis pela operação policial realizada no dia 29 de abril, no Centro Cívico de Curitiba, quando mais de 200 pessoas ficaram feridas durante a ofensiva da PM contra professores e servidores públicos.
Além de Richa, foram considerados responsáveis pelo episódio o ex-secretário de Segurança Fernando Francischini, o ex-comandante da PM César Vinícius Kogut, o ex-subcomandante Nerino Mariano de Brito e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira – os dois últimos também servem à Polícia Militar também.
Entre as irregularidades indicadas pelo MP-PR, estão excesso de força e gastos indevidos. Segundo o Ministério Público de Contas, cerca de R$ 1 milhão foram mobilizados para arcar com os custos dos equipamentos utilizados na repressão aos manifestantes (como bombas de gás lacrimogênio, balas de borracha, helicóptero etc) e das diárias dos PMs trazidos do interior do estado para participar da operação que contou, apenas em 29 de abril, com um efetivo de 1.682 agentes. Além disso, há os prejuízos aos patrimônio público, estimados pelo Ministério Público em R$ 5 milhões, já que muitas vítimas ainda acionam o Estado por meio da Justiça, solicitando indenizações por danos materiais e morais.
Ainda de acordo com o MP-PR, a ação civil protocolada na Justiça tem mais de 80 páginas, elaboradas a partir de 518 entrevistas. O próximo passo fica a cargo do juiz que recebê-la: se aceitá-la, pode pedir investigação judicial, em que os requeridos serão intimados a prestar depoimento e se defender, podendo ser condenados.
*Com informações do G1 e Blog do Tarso
(Foto: Orlando Kissner/Fotos Públicas)