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Os documentos enviados ao STF indicavam que Alberto Youssef falaria sobre crimes de corrupção cometidos pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG); porém, o doleiro não cumpriu o acordo e resolveu preservar o nome do tucano em seu depoimento
Por Redação
Os acordos de delação premiada assinados pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa mostram que eles não contaram tudo o que prometeram revelar às autoridades.
Os papéis enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) indicavam que Youssef iria falar sobre crimes de corrupção cometidos pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Costa revelaria pagamentos de propinas para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e seu colega Romero Jucá (PMDB-RR).
“Toda e qualquer obra realizada em Furnas possuía comissionamento. Se especula que quem recebia por Aécio Neves era a pessoa de sua irmã", dizia um dos trechos dos documentos.
Porém, na fase de depoimentos da operação, o doleiro não cumpriu o acordo e resolveu preservar o nome de Aécio. Ele afirmou apenas que o ex-deputado José Janene (PP-PR), morto em 2010, havia dito que o tucano "dividia" com ele propinas de Furnas, mas não apresentou provas. O inquérito contra Aécio acabou arquivado.
Costa também não levou adiante as denúncias que faria. O inquérito sobre Jucá também foi arquivado, e a investigação sobre Calheiros só continuou em decorrência de outros elementos apontados pelo Ministério Público. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Foto de capa: EBC / PSDB