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Órgão de saúde da ONU diz que a poluição aérea é "o maior risco ambiental à saúde"
Por Ítalo Piva
Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde na terça-feira revela que a poluição do ar causou 7 milhões de mortes em 2012, uma em cada oito no planeta. Os dados demonstram um aumento de 100% neste tipo de morte desde a última pesquisa em 2008, com 90% delas ocorrendo em países em desenvolvimento, sendo as regiões do Pacífico do Oeste (que inclui o leste da Ásia e as ilhas Pacíficas) e Sudeste Asiático sendo as mais afetadas.
O órgão de saúde da ONU afirma no relatório que a poluição aérea agora é “o maior risco ambiental à saúde”, causando mortes por doenças cardiovasculares (60% dos casos), câncer do pulmão e obstruções respiratórias crônicas. A diretora do departamento de saúde pública da OMS, Maria Neira, disse na rede norte-americana CNN que “poucos fatores têm um maior impacto na saúde global do que a poluição do ar: as evidências indicam a necessidade de um esforço conjunto para limpar o ar que todos respiramos”.
Em outubro do ano passado, a organização classificou a poluição aérea oficialmente como um fator cancerígeno, colocando-a lado a lado com asbestos, tabaco, e raios ultravioleta como uma das principais causas de câncer.
Em grande parte, essa poluição é criada por emissões industriais e de motores a diesel e gasolina, porém, muito dela vem da queima de carvão e madeira para cozinhas domésticas. A OMS estima que cerca de 3 bilhões de pessoas no mundo ainda usam métodos tradicionais como estes para cozinhar. Na Índia, por exemplo, calcula-se que 63% da população cozinha desta maneira.
O chefe do Grupo de Pesquisas Ambientais do King´s College de Londres, Frank Kelly, afirmou no jornal The Washington Post que é tarefa dos governos diminuir os níveis de poluição por meio de legislações, pela remoção de usinas elétricas e fábricas das grandes cidades, e providenciando alternativas baratas para fogões de carvão e madeira. As pessoas também podem diminuir os riscos a si próprias evitando dirigir na hora do rush e trafegando por ruas menos movimentadas, segundo Kelly.