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Governador de São Paulo foi a Brasília para solicitar o investimento de R$ 3,5 bilhões do governo federal para resolver o problema de água no estado. Ele negou, porém, ter adiado o pedido por causa das disputas com o PT no período eleitoral
Texto e fotos de Maíra Streit
[caption id="attachment_54712" align="alignleft" width="300"] Alckmin atende jornalistas no Palácio do Planalto[/caption]
BRASÍLIA – Após reunião com a presidenta Dilma Rousseff em Brasília, na tarde desta segunda-feira (10), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o estado precisará de um investimento no valor de R$ 3,5 bilhões da União para enfrentar a crise de abastecimento de água que afeta a região há vários meses.
Na ocasião, o tom conciliador de Alckmin se mostrou bem diferente do apresentado durante a campanha presidencial protagonizada pela disputa entre PT e PSDB. À época, Dilma já havia se disposto a colaborar com o governador, que não sinalizou qualquer aproximação com o governo federal. Porém, ele negou a influência das eleições na demora desse pedido de ajuda. “É nosso dever, numa república federativa como é o Brasil, trabalharmos juntos e sermos parceiros”, disse.
De acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o Sistema Cantareira voltou a ter queda no nível dos reservatórios, chegando a atingir o índice de 11,3%. A proposta de Alckmin é realizar a construção de oito novas obras para tentar resolver o problema de falta de água no estado: interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari; construção de dois reservatórios em Campinas; adução dos reservatórios; Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR) Sul de São Paulo; EPAR Barueri; interligação do Jaguari com o Atibaia; interligação do Rio Grande com o Guarapiranga; e poços artesianos no Aquífero Guarani.
Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, Alckmin disse que um grupo de trabalho foi criado para que a União e o governo estadual possam discutir o repasse dos recursos. Segundo ele, o colegiado se reunirá já na próxima segunda-feira (17).
No entanto, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, não confirmou se o governo federal irá repassar toda a verba pleiteada por São Paulo. Isso dependerá dos estudos a serem apresentados na semana que vem sobre cada uma das obras. “Se, nessa conversa direta, estiverem claras as importâncias dessas obras, poderemos até apoiar tudo, mas isso vai depender dessa discussão”, afirmou.