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Em nota, o presidente do grupo Movimento Estudantil Liberdade afirmou que a foto não é machista, apenas não representa a mulher socialista
Por Isadora Otoni
O grupo Movimento Estudantil Liberdade (MEL), que apoia a atual gestão do DCE (Diretório Central de Estudantes) da UFRGS, divulgou em sua página do Facebook uma imagem machista que se tornou alvo de críticas. Para desejar feliz Natal, eles usaram uma foto com quatro mulheres de calcinha e toucas de Papai Noel. Diversos estudantes alegaram que a foto objetifica as mulheres, além de não representar os alunos e professores. Outra crítica questionava qual era a função da página do grupo.
Luiza Prasniski, estudante de Ciências Sociais na UFRGS, considerou a publicação lamentável. "Essa publicação é uma aprovação da objetificação das mulheres. Para mim, é sensato que as mulheres não queiram ser reconhecidas pela sua aparência e pelo seu corpo. Liberdade de expressão não deve dar margem à opressão, estimular a cultura da ditadura da beleza não deve ser uma prática de uma representação estudantil", disse Luiza.
A estudante contou que o DCE possui uma oposição de esquerda, que estava à frente da gestão desde 2011. "Esse ano eles [chapa apoiada pelo MEL] ganharam principalmente por causa do discurso 'sem partido', que nem se sustenta, já que na posse eles contaram com a presença do vereador Thiago Duarte, do PDT", conta.
Em nota, o presidente do MEL, Gabriel Afonso Marchesi Lopes, garantiu que a imagem publicada não possuía cunho machista. Segundo ele, as mulheres apenas "não representavam a mulher socialista, que exaltam os pelos pubianos e a falta de cuidado corporal". Leia a explicação na íntegra:
"O DCE Livre - Movimento Estudantil Liberdade, grupo fundado em 2006 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, manifesta que a imagem veiculada em nossa página no facebook não possuí absolutamente nenhuma conotação machista. Repudiamos veementemente as acusações de machismo imputadas ao grupo. Entendemos que a imagem ressalta a beleza feminina e que estamos sendo vítimas de discursos de ódio por parte de grupos radicais de extrema-esquerda que hipocritamente dizem ser contra a padronização e a objetificação da mulher, porém impõe uma visão padronizada e objetificada do corpo feminino através da exaltação dos pêlos pubianos e da falta de cuidado corporal.
O ódio destilado contra o grupo não é devido ao fato da imagem ser machista, pois ela não é, mas ao fato da mesma estar fora da visão padronizada da mulher socialista. Por fim, ao contrário dos grupos de esquerda que dizem ser contra a censura, mas buscam censurar tudo aquilo que está fora de sua limitada visão de mundo, nós, que defendemos a liberdade, temos mantido todos os comentários postados na imagem, mesmo que eles não representem a visão do grupo. Somos defensores irrestritos da liberdade de expressão e de livre manifestação.
Gabriel Afonso Marchesi Lopes ?Presidente do Movimento Estudantil Liberdade"