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Desde domingo, 19, circula na TV os vídeos da campanha “Separe o lixo e acerte na lata”, lançada pelos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social. Como o próprio nome diz, a idéia é incentivar as pessoas a separarem o lixo entre seco e úmido em suas casas.
Diferente de outros países, aqui a reciclagem tem um forte componente social. Estima-se que cerca de 1 milhão de catadores tirem seu sustento dos materiais recicláveis. Os filmes, em forma de animação, destacam isso. Um dos argumentos para que as pessoas façam essa separação é justamente facilitar o trabalho do catador.
A reciclagem no Brasil tem índices altíssimos por conta do trabalho deles. No caso das latinhas de alumínio, 98% do que é produzido volta para a indústria. A reciclagem de papelão gira em torno de 80% e de garrafa Pet, 55%, segundo o Cempre. Por outro lado, poucas prefeituras têm programas oficiais de coleta seletiva, somente 8% das 5.565.
Menos de 10% dos catadores estão organizados em cooperativas e associações, o restante trabalha em lixões e nas ruas do Brasil. Em entrevista a este blog, Severino Lima Junior, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) disse que essa é luta deles, cada vez mais organizar essas pessoas. Ele mesmo, começou a trabalhar num lixão em Natal (RN) e hoje é uma liderança do movimento.
Tive oportunidade de visitar algumas cooperativas de catadores e conhecer outras pessoas que conseguiram dignidade ao se tornar um cooperado. Ao chegar no local, geralmente um galpão, o lixo passa por uma esteira, onde é feita uma nova separação. O plástico, por exemplo, é dividido em sete tipos. O papel em mais uns três e assim por diante. Portanto, separar entre úmido e seco não é pedir muito.
Abaixo os três vídeos.